quinta-feira, 23 de setembro de 2010



PROJETO: A POESIA E O MEIO AMBIENTE.

JUSTIFICATIVA: Para trabalhar o Projeto “Sustentabilidade”- uma questão de respeito escolhemos para a Sala de Leitura o tema A POESIA E O MEIO AMBIENTE porque já estávamos trabalhando com o Projeto Chega de prosa...vamos à poesia do Vote no melhor texto, onde os alunos descobriram a poesia que existe nas coisas e no mundo que nos cerca. Será uma nova oportunidade para refletirmos a respeito das nossas sensações e emoções, da beleza que existe na natureza e da importância de preservá-la. Este trabalho sobre o meio ambiente, com poemas e letras de músicas, dará a oportunidade aos alunos de exercitar sua sensibilidade, de pensar, sentir e escrever os poemas, desenvolvendo a autonomia, o senso crítico e a criatividade. As atividades desenvolvidas através da observação, participação e a criação dos alunos, ajudarão na formação de sujeitos livres para expressar seus pensamentos e emoções através da criatividade.

“O contato estabelecido pelos alunos com o material poético pode ocorrer desde cedo; eles se relacionam com poemas ao se movimentar no ritmo de uma canção, por exemplo. Afinal, um poema acompanhado de instrumentos é música.” Camila Monroe.

OBJETIVOS:
• Desenvolver no aluno o gosto pela poesia, proporcionando lhe momentos poéticos, como leitura de poemas, observação da beleza e harmonia das coisas que a cercam, ajudando-a na descoberta da poesia que existe em cada ser e no mundo ao seu redor, desenvolvendo assim sua sensibilidade e fazendo da poesia um meio de comunicação com o mundo;
• Unir a poesia ao estudo do meio ambiente proporcionando ao aluno a aquisição de conceitos que o ajude a interpretar o meio ambiente, integrando-se nele;
• Desenvolver no aluno o interesse pelo mundo em que vive, estabelecendo relações entre ela e o mundo, permitindo-lhe expressar suas preocupações e opiniões, possibilitando-lhe uma visão crítica da situação;
• Conscientizar a família da importância do meio ambiente em nossas vidas e de que depende dela a continuidade deste trabalho, assim como desenvolver nos alunos hábitos de preservação e conservação dos recursos naturais, começando por sua casa, sua escola, seu bairro.

DURAÇÃO: 09/08 a 29/10.

PROCEDIMENTOS:

• Explicação do Projeto e dos objetivos para os alunos;
• Questionamentos sobre o conhecimento de alguma poesia ou música sobre o Meio ambiente (conhecimento prévio);
• A leitura de textos poéticos enriquecerá muito esse trabalho:
Cidadezinha qualquer, de Carlos Drummond de Andrade e Cimento armado, de Paulo Bonfim, mostrando a diferença entre a cidade grande, poluída, destruída pelo progresso, e a cidade do interior, pequena, preservada, onde tudo é natural;
• Solicitar que os alunos observem a característica das poesias sobre o meio ambiente;
• Apresentação através da leitura compartilhada das poesias;
• Audição de CD de músicas sobre a natureza e preservação do meio ambiente;
• Os alunos assistirão aos filmes: Tainá2 e Turma da Mônica: Chico Bento – Na roça é diferente (Ciclo I) e documentário Uma verdade inconveniente - Aquecimento global e Uma aventura no Ártico (Ciclo II), que tratarão da questão ambiental e preservação do planeta Terra.
• Livros que serão lidos durante o projeto: Azul e lindo: Planeta Terra, nossa casa de Ruth Rocha e O certo é o contrário de Ivan Jaf, A árvore bondosa de Ferando Sabino;
• A leitura oral pela professora será importante para que os alunos percebam a diferença entre ler e declamar uma poesia que exige o ritmo, a pronúncia certa das palavras, as pausas, interrogações e exclamações. A professora deve dar vida ao texto para que os alunos possam compreendê-lo melhor e vivência-l0, dando-lhe sentido;
• Quanto à interpretação dos textos, o aluno será estimulado a fazer uma reflexão sobre as informações neles contidas, dando o seu parecer, a sua opinião. E quanto mais estímulo esse aluno receber, maior será o seu poder de crítica e o desafio à investigação. O confronto entre os dois textos poéticos é de fundamental importância;
• Solicitar a alguns alunos que produzam textos poéticos para exposição na Feira Cultural;
• Decidir com os alunos o que será apresentado no sarau. Perguntar aos alunos quais são os textos prediletos delas e decidam se as declamações serão feitas individualmente ou em duplas;
• Ensaiar com os alunos os poemas. Filmar e expor as imagens para que todos possam se aperfeiçoar.
• Um texto-imagem, Bandeira, do Henfil, será introduzido com o objetivo de fazer o aluno ler a imagem, interpretá-la, procurar seu sentido e descobrir a intenção do autor. Esse tipo de atividade é muito importante para a vida das pessoas, pois nosso mundo está invadido por imagens que procuram transmitir as mais diversas mensagens, exigindo compreensão.



                                       
Os Dez Mandamentos da Ecologia:
1. Ama a Deus sobre todas as coisas e a natureza como a ti mesmo.
2. Não defenderás a natureza em vão com palavras, mas através de teus atos.
3. Guardarás as florestas virgens, pois tua vida depende delas.
4. Honrarás, a flora, a fauna, todas as formas de vida, e não apenas a humana.
5. Não matarás.
6. Não pecarás contra a pureza do ar deixando que a indústria suje o que a criança respira.
7. Não furtarás da terra a sua camada de húmus, raspando-a com o trator, condenando o solo à esterilidade.
8. Não levantarás falso testemunho dizendo que o lucro e o progresso justificam teus crimes.
9. Não desejarás para teu proveito que a fonte e os rios se envenenem com o lixo industrial.
10. Não cobiçarás objetos e adornos para cuja fabricação é preciso destruir a paisagem: a terra também pertence aos que ainda estão por nascer. Ecléa Bosi

MÚSICAS:
Planeta Azul Chitãozinho e Xororó, Natureza, Espelho De Deus Chitãozinho e Xororó,
As Baleias  Roberto Carlos, Xote Ecológico Luiz Gonzaga, Amazônia Roberto Carlos, Planeta Água Guilherme Arantes,O Sal Da Terra Jota Quest, Tainá-Flor Djavan, Estrela Natureza Sá E Guarabyra,
Pantanal Marcus Viana, Filhos da Terra- LBV, Somos Filhos Da Mãe Natureza

Jeito Moleque,Herdeiros do Futuro Toquinho.

AVALIAÇÃO: Dar-se-á no decorrer do projeto através da observação dos alunos no que se refere à apropriação na forma de se expressar em situações de comunicação formal, da participação e envolvimento dos mesmos na realização das atividades e etapas propostas.
PROPOSTA DE FINALIZAÇÃO: Organização de um sarau de poesias sobre o meio ambiente com convite aos pais para assistir ao evento.

ENCERRAMENTO: Exposição das produções de poesias dos alunos na Feira Cultural da escola no dia 25/09/2010 e realização do sarau (data a ser definida).

BIBLIOGRAFIA:
Acessível em http://ceuseterra.com/2007/12/21/os-dez-mandamentos-da-ecologia/
Nova Escola, Revista-JunhoJjulho de 2010- Comunicação Oral –pgs 84 e 85, Editora Abril
Rocha, Ruth e Otávio Roth - Azul e lindo: planeta Terra, nossa casa, Editora Salamandra.
Jaf, Ivan- O certo é o contrário, Editora José Olympio, RJ,2000.
Sabino, Fernando- A árvore bondosa, Editora Ediouro.
                                              

POESIAS:

Meio ambiente
O meio ambiente agoniza!
A natureza pede socorro!
As matas pedem conservação
Os bichos pedem preservação
O ar não quer poluição
A água não quer contaminação
E o homem quer solução
Ele não sabe que é a solução!
Para melhorar a situação
Para a próxima geração!
Com muitas árvores para refrescar
Variedade de animais para admirar
Ar puro para respirar
Água cristalina para tomar.
Tudo isso depende de mim
Tudo isso depende de você
Tudo isso depende de nós...
Vamos nos conscientizar
De que nossos hábitos devemos mudar
Novas atitudes devemos tomar.
Aprender a conservar
Aprender a respeitar
Aprender a reciclar
Para o meio ambiente preservar
E a vida melhorar...
Mena Moreira
10/02/2005

VELHAS ÁRVORES

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Olavo Bilac


A faxina da natureza

A natureza é perfeita.
Pra tudo tem solução.
O que morre não se perde,
Passa por transformação.

A natureza é perfeita.
Isso a vida nos ensina.
Ela bem sabe como é
Que se faz uma faxina.

Animais se decompondo,
Plantas secas pelo chão,
Tudo é aproveitado,
No solo, na plantação.

Sylvio Luiz Panza

ANIMAIS EM EXTINÇÃO

PENSE LÁ NA FRENTE,
UM FUTURO NÃO DISTANTE.
SE AINDA HAVERÁ
ANIMAIS COMO O ELEFANTE...
PARE E PENSE EM UMA PLANTA
OU NUM BICHO BEM BONITO,
QUE AINDA HOJE EXISTE
E AMANHÃ PODE ESTAR EXTINTO...
PENSE LÁ NA FRENTE,
NUM FUTURO MUITO PERTO
NÃO TER VERDE, FLORES, FRUTOS
E VIVER EM UM DESERTO.
MAS NEM TUDO ESTÁ PERDIDO,
ISSO EU SEI TENHO CERTEZA,
SE CUIDARMOS COM CARINHO
DESTA NOSSA NATUREZA.
E POR ISSO É MUITO IMPORTANTE
RENOVAR O SENTIMENTO
DE CUIDAR DOS ANIMAIS
E DO REFLORESTAMENTO.

Sylvio Luiz Panza

INCÊNDIO NA MATA

Incêndio no meio da mata
entre faiscantes labaredas
não há quaisquer veredas
e o fogo tudo leva e mata

A natureza desolada assiste
a mãe preocupada, atenta
ao ver tamanha tormenta
tristemente chora, não resiste

A destruição dia-a-dia cresce
assolando o meio ambiente
por gente ainda inconsciente
que essa dádiva não reconhece

Sueli do Espírito Santo

AMAZÔNIA, REINO VERDEJANTE

Amazônia, nosso reino verdejante
vertendo a água doce abundante
está humilhada pela inconsciência
daqueles que ferem a sua beleza
ignorando a sua suntuosa realeza
com os desmandos da prepotência

Mesmo estando em chão brasileiro
é ambicionada por tanto estrangeiro
querendo explorar a sua existência
nos rios um murmúrio entristecido
todo o seu habitat está aborrecido
como a dizer "basta de negligência"

Sueli do Espírito Santo


Lixo

Na rua nós caminhamos
Muito lixo é encontrado.
O homem está destruindo a natureza
E ninguém está conscientizado.

Papel, garrafas pet e latinhas.
Foi isso que enxergamos
Nas ruas de sua cidade
A poluição esta aumentando.

Se a gente não cuida.
Cheio de lixo o mundo vai ficar.
Por isso separe o lixo,
E leve ele para reciclar.

O lixo provoca mau cheiro
E muita poluição.
Ele atrai moscas, ratos e baratas.
Causando doenças como cólera,
verminose, febre e até infecção.

Então vamos reciclar
Que assim o mundo vai melhorar
O lixo não tem outro destino
A não ser nos prejudicar.

Siderlei Antonio Camini

RECICLAGEM

Lixo, trapos, provas,
algumas trovas,
um verso inteiro
para o lixeiro...

Lixo, idéias pisadas,
figuras usadas,
refugo poético,
patético...

Lixo, emoção reciclada,
reaproveitada,
lixo poético e lógico,
ecológico.

Dalva Maria Ferreira


Cimento Armado

Batem estacas no terreno morto,
No terreno morto surge vida nova,
As goiabeiras do velho parque
E os roseirais abandonados,
Serão cortados
E derrubados

Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento-armado
Enraizado no velho parque
de goiabeiras
De roseirais

Batem estacas no terreno morto.
Século vinte...
Vida de aço...
Cimento-armado!

Batem as estacas
Um prédio novo, de dez andares,
Terraços tristes,
Pássaros presos,
Rosas suspensas,
Flôres da vida,
Rosas de dor.

Paulo Bonfim


Pescaria

Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.

Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.

As mãos do mar vê e vão,
as mão do mar pela areia
onde os peixes estão.

As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.

Por isso chora, na areia
a espuma da maré cheia.

Cecilia Meireles

CLASSIFICADOS POÉTICOS

Menino que mora num planeta
azul feito a cauda de um cometa
quer se corresponder com alguém de outra galáxia.
Neste planeta onde o menino mora
as coisas não vão tão bem assim:
o azul está ficando desbotado
e os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
alguém de outra galáxia
para trocarem selos, figurinhas
e esperanças.

(Roseana Murray) Trucidaram o rio

Prendei o rio
Maltratai o rio
Trucidai o rio
A água não morre
A água que é feita
de gotas inermes
Que um dia serão
Maiores que o rio
Grandes como o oceano
Fortes como os gelos
Os gelos polares
Que tudo arrebentam.

Manuel Bandeira


Suplício da natureza

Sou sua mãe,
A mãe natureza.
Foi Deus que me criou
Sou eu quem lhe dou,
O pão que tem na mesa.
Se disso tem certeza,
Tenho algo a lhes pedir:
Peça que o bicho homem
Deixe de me destruir.

Sempre lhes dei sustento
Sem nada pedir de troca,
Hoje, portanto lamento,
Desejo algo de volta,
As minhas águas cristalinas,
Minhas matas verdejantes,
Peço socorro! Se não assim eu morro,
Neste instante.

Já faz muitos anos
Que o homem me destrói,
Em meu seio muito dói
As queimadas, a erosão,
Se tens coração
Cuida bem de mim,
Pois a minha morte
Pode ser seu próprio fim.

Vejo lixos e agrotóxicos
Entupindo minhas veias,
São coisas tão feias
Nojentas e patológicas.
O homem não faz nem lógica
O quanto isso me judia.

Se ainda ouvir do Ipiranga
“Brados retumbantes”
De uma nação tão importante,
Que alcançou sua liberdade
É possível me libertar,
Do aquecimento tão alarmante
Peço, neste instante:
Ao homem para me salvar.

Seja você mais um,
Um membro desta corrente
Peça pra que mais gente,
Plante mais árvore,
Preserve minhas águas
Salve o meio ambiente

“se até mesmo a asa branca,
Bateu asas e foi embora”
E por isso que ela ignora
O quanto o homem explora
Meus recursos naturais.
Portanto, assim, não dá mais.
Por que ninguém colabora
Ignora
Explora

Tão destruindo minhas matas
Tão matando meus animais,
Tão poluindo meu ar,
É por isso que o poeta
Quis assim cantar:

“... O que plantar não nasce
O que nascer não dá
A terra está morrendo
Não dá pra respirar...”

Seja você mais um,
Um membro desta corrente
Peça pra que mais gente,
Plante mais árvore,
Preserve minhas águas
Salve o meio ambiente

Chamei sua atenção
Invocando meu suplício,
Use bem meus recursos,
Evitando desperdício
Sua mãe natureza,
Com certeza agradece,
Se você pensar nisso!


(Derlânio Alves)


VIVA A NATUREZA

Você anda, dá voltinhas,
você nada pelo mar.
Tanto verde à sua volta,
vale a pena preservar.

O planeta em que vivemos
já há muito tempo existe.
É preciso ter cuidado
para não deixá-lo triste.

Você anda, dá voltinhas,
você nada pelo mar.
As florestas preservadas,
nos garantem o respirar.

É preciso estar atento
e não querer poluição,
a fumaça do cigarro,
do carro, do caminhão.

Sylvio Luiz Panza
Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade


RESUMO

O Vento soa, entoa,
Emite sons decisivos...
A neblina fina e leve
Cai veementemente...
A chuva desce, molha,
Encharca, escoa...
A noite chega atormentada,
Atormentando, sova...
Mas depois despenca
Como uma folha seca,
Jogada ao relento...
O que podemos dizer e definir sobre
Esses fenômenos da natureza...?
Jean Carlos Gomes

Cuidando da Natureza

Vamos cuidar
Da mãe Natureza
Preservando a vida
Do nosso Planeta.

Não desperdicem água
Para não faltar
Separe todo lixo
Para reciclar.

Não destruam as matas
Árvores e flores
Que enfeitam o mundo
Com as suas cores.

Não poluam o ar
Isso não é legal
Na certa vai causar
O aquecimento global.

Vamos trabalhar
Nessa tarefa urgente
Para preservar
O nosso meio ambiente.

Leila Maria Grillo


Eco lógico

Se aos pássaros perguntares.
Quem polui os nossos ares,
onde os pulmões se consomem,
o eco, lógico, responde:
... homem... homem... homem...

E o húmus de nosso chão,
que resta pro nosso pão
logo após uma queimada?
O eco, lógico, responde:
... quase nada... quase nada...

O que era o Saara?
A Amazônia o que será?
Um futuro muito incerto?
O eco, lógico, responde:
... só deserto... só deserto...

O que resta, desmatando,
o que sobra, devastando,
ao homem depredador?
O eco, lógico, responde:
... só a dor... a dor... a dor...

Que precisa a natureza
pra manter sua beleza
e amainar a sua dor?
O eco, lógico, responde:
... mais amor... amor... amor...

Autor Desconhecido

Lenda da Cidade

A floresta tinha árvores
As árvores tinham ninhos.
Os ninhos tinham aves.
Os ovos tinham aves.
As aves tinham o canto,
No canto toda beleza.

Hoje não tem floresta,
Poucas são as árvores,
Poucos são os ninhos,
Poucas são as aves,
E é triste seu cantar.

. . . E a ave da cidade,
por falta de árvores,
fez seu ninho no telhado
ao lado da antena de tv . . .

(Célio Albuquerque)

Amigos do Planeta Terra

Somos todos responsáveis
Pela conservação do meio ambiente.
Cada um deve ser
Um cidadão consciente.

Cuidar das plantas, da praça, da rua
E também do parque do jardim.
Ser amigo do planeta
É bom para você e para mim também.


Djenane Alves Certeza

Certeza

Sereno, o parque espera
Mostra os braços cortados,
E sonha a Primavera
Com seus olhos gelados.

É um mundo que há-de vir
Naquela fé dormente;
Um sonho que há-de abrir
Em ninhos e sementes.

Basta que um novo Sol
Desça do velho céu,
E diga ao rouxinol
Que a vida não morreu.

Miguel Torga


Cordel do meio ambiente

Venho fazer um apelo
Do fundo do coração
Falando pra minha gente
Que é preciso atenção
Destruindo a natureza,
Acabamos com a nação!

Digo isso porque sei
Que a catástrofe é coisa feia
Todo o rio segue seu curso
Como a aranha faz sua teia
Não bastam algumas manchetes
Do salvamento da baleia!

O consumidor bem consciente
Com a natureza é afável
Não depreda o meio ambiente
Com a fauna é amigável
E luta para conseguir
O desenvolvimento sustentável.

O homem por natureza
Sempre foi um predador,
Mas precisa se reciclar,
Basta de tanto furor,
É possível ser progressista
E ser bom consumidor!

Como poetisa popular
Eu falo com sentimento
Pois da natureza eu escuto
Gritos de dor e lamento
Maltratamos quem nos dá
Moradia e sustento!

A nossa mãe natureza
Quando pedimos, nada nega
E o homem a retribui
Com a devastação dura e cega
E cansada desta agressão
Grandes peças ela nos pega!

Para educar o nosso povo
Faço versos e cordel
Esperando que estas palavras
Não fiquem presas ao papel
E que o Brasil não se transforme
Numa torre de Babel!

O Direito ambiental
É um tema que incomoda
Não pode só ser tratado
Nos papos de alta roda
É preciso que o povo
Faça parte desta moda!

Neste século tão conturbado,
Virou moda a ecologia,
Mas muitos não sabem nada
Fazem do assunto uma orgia,
Ser ecologicamente correto
É exercer cidadania!

E faço aqui um apelo
Para o bom consumidor
Respeitar a natureza
Tratando-a como uma flor,
Um ambiente saudável
É mais propício ao amor!

E para as crianças eu peço,
Não joguem lixo no chão,
Conservar tudo limpinho
É sinal de educação,
Seja um bom consumidor,
Nem mocinho, nem vilão!

Nós conhecemos pela mídia
Toda miséria do mundo,
Ferimos nossa mãe terra
No que tem de mais profundo
E ela nos fere em troca,
E quando quer,fere bem fundo!

Vimos geadas no Sul
Grandes secas no Nordeste,
Nosso rebanho bovino
Dizimado com a peste,
As usinas nucleares,
Poluindo o sudeste!

Já surgiram as tsunames
As secas e furacões,
As tempestades de gelo,
Terremotos e tufões,
A extinção de animais
Como tigres e leões!

A água que Deus nos deu,
Já está escassa e poluída
Muitos animais se extinguiram
A floresta foi destruída,
Continuamos comprometendo
A qualidade de vida!

Já diz um velho ditado
“Aqui se faz, aqui se paga!
Lutando contra a natureza,
O homem fez sua saga,
Cortando ventos e mares
Com o fio duro da adaga!




Já diz um velho ditado
“Aqui se faz, aqui se paga!
Lutando contra a natureza,
O homem fez sua saga,
Cortando ventos e mares
Com o fio duro da adaga!

O homem em sua sanha
Com o mal fez matrimônio
Consegue coisas horríveis
Com a ajuda do demônio,
Abrindo até um buraco
Na camada de ozônio!

Com o assoreamento dos rios
A poluição de nossos mares
Com o monóxido de carbono
Infestando nossos ares,
Colhemos, hoje, os frutos,
Das doenças pulmonares!

Vai terminar este bom tempo
Do banho de cachoeira,
Dos causos na boa sombra
Em baixo de uma mangueira,
Acabaremos com as árvores,
Para queimar a madeira!

Sentada em minha varanda
Longe da urbe e agito,
Não vejo mais papagaios
Nem o cantar de periquitos
Com o murmúrio dos ventos,
Da natureza ouço os gritos!

Este é o retrato que faço
Da total desolação,
Não adianta se enganar
Nem usar de enrolação
Neste passo avançamos
Para a total destruição!

Por isso digo em bom tom
Sem medo nem precaução
Em matéria de holocausto
O homem já é campeão
E um dia nós não teremos
Nem madeira pro caixão!

Odila Schwingel Lange*

O CICLO DA ÁGUA

É A ÁGUA INDO RIO A FORA
DESLIZANDO A CAMINHO DO MAR
É O MAR SE REVIGORANDO
COM ESTE ETERNO RECEBER
SOFRERÁ AS INFLUÊNCIAS
DA NOSSA LUA, DAS ESTRELAS
E PRINCIPALMENTE O CALOR
DO NOSSO SOL - O ASTRO-REI.
EVAPORARÃO AOS ARES
FORMANDO BELAS NUVENS
E NO BALLET E NAS BRISAS,
DOS TRAVESSOS VENTOS,
VOLTARÃO À TERRA
DESAGUARÃO EM CHUVAS
IRRIGARÃO VALES E MONTANHAS
INFILTRARÃO-SE EM TODOS MEANDROS
QUE MATARÃO A SEDE DAS AVES,
DO SER HUMANO E DE TODOS OS ANIMAIS.
RENOVARÃO TODAS AS FLORESTAS
FARÃO FLORIR TODAS AS FLORES,
MANTERÃO TODAS AS ÁRVORES
QUE NOS DARÃO TODOS OS FRUTOS
GERMINARÃO NOVAS SEMENTES
RENOVANDO TUDO, ESCORANDO A VIDA.
TRARÃO MUITA BENÇÃO E ALEGRIA
E VOLTARÃO AOS RIOS
QUE VOLTARÃOM AO MARES
SEGUINDO OS SEUS LEITOS
QUE GERARÃO AS NOVAS NUVENS
QUE AS DEVOLVERÃO LIMPAS
É O CICLO DA ÁGUA
DO NOSSO JUDIADO PLANETA
QUE ESTÁ CHEGANDO
AO SEU ESGOTAMENTO.
QUANTA ALEGRIA PELOS NOSSOS RIOS,
MAS TAMBÉM QUANTA TRISTEZA.
HSERPA
27/08/2009

Canção da tarde no campo

Caminho do campo verde,
estrada depois de estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a flor é minha.

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua:
vou chegando, vais fugindo
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto.
Subo monte, desço monte,
meu peito é puro deserto.

Eu ando sozinha,
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.

Cecília Meireles


JOGANDO O SONHO NO VERDE

Era uma vez
uma árvore
que o vento desfolhou
e o tempo envelheceu.
Formigas carregavam suas folhas,
Insetos comiam seus frutos,
e homem
cortava seus galhos
e, em um passar de lua,
só o tronco sobrou.
A chuva que caía
Já não molhava.
A seiva que corria
Já não sustentava.
Passava a noite,
passava o dia,
passavam olhos,
Mas ninguém via.
Lá dentro do tronco
Um coração ainda batia!
E coração de árvore quando bate
Faz a terra tremer, confessar sua fragilidade.
O barulho de querer voltar a existir
Foi como um grito.
E o menino índio
que corria por entre as matas
matando a sede nas águas claras,
jogando os sonhos
no verde,
brincando na natureza
como se fosse um bicho,
chegou e aninhou-se à árvore
com muito amor.
O corpo moreno
inventou um jeito de chorar.
Todas as coisas do mundo
-homens, animais, flores, folhas, água, céu...
O tempo recolheu para as sombras.
Os olhos brilharam de emoção.
As mãos tocaram a árvore
e teve início a dança da vida!
No mágico silêncio,
a esperança agarrada à inocência
cruzou madeira, raiz e terra.
O perfume de incensos
chegou delicado até o ar.
Em frente do céu
foi como se chegasse a primavera.
No tronco formaram-se galhos,
E ele cobriu-se de folhas.
Flores desceram ao chão,
despindo na sua passagem
o menino.
A natureza declarou
todo o seu amor...
Depois o menino
desapareceu tímido,
como se fosse um sonho
- um sonho de menino.
Daquele momento,
daquela oração,
apenas um pássaro
voou para a árvore
levando no bico
gravetos para o ninho.
E seu canto rolou para o mundo.
Para alguns, como pedra.
Para outros, como música, poesia,
canto de passarinho.

Jussara Braga

O RIO

Uma gota de chuva
A mais, e o ventre grávido
Estremeceu, da terra.
Através de antigos
Sedimentos, rochas
Ignoradas, ouro
Carvão, ferro e mármore
Um frio cristalino
Distante milênios
Partiu fragilmente
Sequioso de espaço
Em busca de luz

Um rio nasceu.

Vinicius de Moraes


O AUTORRETRATO

No retrato que me faço
- traço a traço -
Ás vezes me pinto nuvem
Ás vezes me pinto árvore...

Mário Quintana

Baile no Sereno

Cantador canta tristeza,
canta alegria também.
É de sua natureza
cantar o mal e o bem.
Pois ele tem dentro dele
o canto que o canto tem...

Por isso, se o mar secar,
se cobra comprar sapato,
se cachorro virar gato,
se o mudo puder falar,
Se a chuva chover pra cima,
se barata for grã-fina,
Quando o embaixador for em cima,
Cantador vai se calar.

Ruth Rocha

Patrulha Ecológica

Ei, Coronel,
Cabeça de papel!
Deixa de moleza
E cuida da natureza!
Quem derrubou a mata?
Quem os peixes mata?
Quem polui o mar?
E envenena o ar?
Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!
Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília
Café com biscoito.

Maria Dinorah

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