domingo, 26 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!

PROJETO NATAL ANIMADO


Olhem só como ficou nosso último filme! Agora nossos alunos já sabem como fazer um filme de animação stop motiom. Desejamos a todos um Natal cheio de paz e alegria!

PROJETO NATAL ANIMADO

Mais um filme do projeto Natal animado foi finalizado antes do término do ano letivo. A cada novo filme produzido os alunos iam aperfeiçoando o cenário. Foi muito gratificante!

PROJETO NATAL ANIMADO

Publicamos o  nosso vídeo no You Tube e apresentamos para os alunos. Foi muito bom ver a alegria de todos com o resultado final de nosso projeto.Surgiram  outras idéias para novos projetos de animação em
2011 e esperamos que dessa pequena semente surjam novos frutos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Atualizando o painel do projeto *NATAL ANIMADO*



Algumas fotos da confecção dos personagens foram expostas no painel e também alguns personagens ficaram expostos para apreciação de todos da escola.

Fotos do filme de animação stop motion *NATAL ANIMADO*



Estamos agora na parte final da produção do filme de animação stop motion. Os alunos irão editar as fotos no programa movie maker, escolher a trilha sonora do filme e efeitos especiais.

CONFECÇÃO DOS PERSONAGENS DE MASSA DE MODELAR



Os alunos realizaram a parte do projeto que os deixaram muito animados: confecção dos personagens do filme de animação!
Foram aulas bem dinâmicas e divertidas!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PAINEL PROJETO NATAL ANIMADO



O painel do Projeto Natal Animado estará sendo atualizado de acordo com o andamento das atividades realizadas pelos alunos. Fizemos o registro das explicações sobre a produção dos filmes stop motion e dos storyboards produzidos pelos alunos.








CONFECÇÃO DOS PERSONAGENS COM MASSA DE MODELAR



 Alguns alunos não entenderam a proposta da confecção dos personagens do filme de animação stop motion e produziram esses painéis muito lindos! Apesar de não ter servido pra fazer o filme, a beleza do trabalho foi valorizada e eles receberam muitos elogios.


TESTE DE NATAL

 

Depois de ouvir algumas histórias de Natal e a explicação de alguns símbolos natalinos, os alunos fazem o teste de Natal para verificar seus conhecimentos.

domingo, 28 de novembro de 2010

LEITURAS DO PROJETO NATAL ANIMADO


Um lindo livro que conta o nascimento de Jesus. Totalmente interativo, cada página possui várias tiras para puxar e abas para levantar. As crianças descobrirão vários personagens e passagens da narrativa do nascimento escondidos pelos recursos interativos. A história inclui a anunciação a Maria, a viagem a Belém, os anjos cantando aos pastores, a estrela de Belém e os magos. Na última página, abre-se um grande e lindo presépio, com todos os personagens presentes no nascimento, que pode ser mantido aberto durante a época do Advento e Natal. Nossos alunos gostaram muito das ilustrações do livro e questionaram onde poderiam encontrá-lo para compra.
                                                     

É véspera de Natal. Ratão e Ratinho estão enfeitando a árvore. Ratinho sai de casa correndo atrás de enfeites, mas topa com grandes flocos brancos que caem do céu. "Minha nossa!", ele grita. "O céu está se desmanchando!" E, enquanto o mundo se cobre de neve, Ratinho descobre coisas estranhas a seu redor...
Essa leitura foi realizada para os alunos do 1º ano que apreciaram a capa com efeitos brilhantes e também as ilustrações bem coloridas.

PRODUÇÃO DE STORYBOARD



Nossas primeiras produções de storyboards para o projeto Natal Animado.
Os alunos compreenderam a diferença entre histórias em quadrinhos e storyboard.

PAINEL PROJETO POESIA E MEIO AMBIENTE


O Projeto Poesia e Meio Ambiente chegou ao final com muitas poesias produzidas pelos alunos que irão constar no livro de poesias publicado pela professora Vania de Língua Portuguesa.
Infelizmente não conseguimos ensaiar para o sarau, mas tentaremos realizá-lo. Houve muitas ilustrações das poesias trabalhadas e preparamos o painel para exposição.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

MAIS POESIAS DE NOSSOS ALUNOS


O MEIO AMBIENTE


Vamos por a cabeça pra funcionar
O que fazer pra o mundo melhorar?
Precisamos de atitude urgente
É só você colaborar.

A natureza é nossa amiga
Devemos respeitar
Ela precisa da nossa ajuda
Para o mundo não acabar.

A natureza é linda!
A natureza é bela.
Devemos respeitá-la,
Pois sempre precisaremos dela!

Giovanna e Karolina- 5ºC


RENOVAR

Já é tempo de começar a colher
Mas como fazer?
Já é tempo de começar a mudar.
O planeta precisa renascer.

Devemos proteger o ecossistema
A terra depende da gente.
Para a natureza ficar contente
Faça a reciclagem e cuide do meio ambiente!

Lembre-se das andorinhas
E dos pássaros a cantar
Pense nisso e mude de atitude
Para a vida preservar!

Vivian e Bianca- 4ºD

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PROJETO NATAL ANIMADO

                              PROJETO NATAL ANIMADO
JUSTIFICATIVA: O projeto surgiu a partir da realização de um curso de WEB Informação feito pela professora Neusa da Sala de Informática.
Como a professora Irene da Sala de Leitura já havia trabalhado ilustração dos contos africanos com massa de modelar e registrou o interesse dos alunos no trabalho com modelagem, a idéia foi tomando forma.
Decidimos então realizar um último projeto do ano letivo de 2010, com o tema Natal, interagindo as salas de Informática e Leitura na realização de um projeto de animação.

OBJETIVOS:
• Mostrar aos alunos a importância do trabalho interdisciplinar das salas de Informática e Leitura;
• Elaborar com os alunos a produção de um filme de animação STOP MOTION tendo como tema o Natal (bonecos feitos com massa de modelar);
• Estimular o conhecimento técnico de projeto para produtos de animação e das novas tecnologias informatizadas e digitais, imprescindíveis para a articulação entre os vários veículos de comunicação.
• Permitir que os alunos façam uso das tecnologias e descubram suas potencialidades e alternativas de se atuar sobre elas, tendo em vista transformá-la.

DURAÇÃO: 03/11 a 10/12.

PROCEDIMENTOS:
• Perguntar aos alunos e já ouviram falar em projetos de animação STOP MOTION (conhecimento prévio);
• Solicitar pesquisa na Sala de Informática sobre projetos de animação;
• Solicitar pesquisa na Sala de Leitura sobre livros de histórias de Natal;
• Solicitar pesquisa na Sala de Informática sobre músicas de Natal;
• Leitura de histórias de Natal pela professora ( Um Natal de muita neve, A magia do Natal, Naquela noite de Natal, O segredo, Um susto daqueles, Teste das tradições natalinas).
• Leitura de musicas de Natal: Noite feliz, Um feliz Natal, Natal todo dia, O menino Jesus vai nascer.
• Os alunos irão fazer um rascunho dos personagens e cenários;
 • Montagem de um story board, com seqüência da ação (Visualizar um filme através de um roteiro é muito difícil e por este motivo surgiu o storyboard, que é o roteiro desenhado em quadros, semelhante aos quadrinhos, porém não possuem balões de fala);
• Lista dos filmes de animação produzidos com a técnica STOP MOTION e exibição de dois filmes (A fuga das galinhas e A noiva cadáver- making of);
• Montagem do cenário e dos personagens com a massa de modelar;
• Tirar fotos quadro a quadro das seqüências;
• Com a câmera digital, filmar as fotos das seqüências;
• Passar para o computador e montar o filme com um programa de edição de vídeo (como Stop Motion, Pró Premiere etc.);
• Passar para o vídeo e colocar o som.
• Organizar a apresentação do filme para a escola através de confecção de cartazes do filme e cronograma de horário das salas de aula.

AVALIAÇÃO: Dar-se-á no decorrer do projeto através da observação dos alunos, da participação e envolvimento dos mesmos na realização das atividades e etapas propostas.

PROPOSTA DE FINALIZAÇÃO: Produção de um filme de animação STOP MOTION (com massa de modelar) com os alunos dos 8ºs anos.

ENCERRAMENTO: Organização de uma apresentação do filme para todos os alunos da escola.

BIBLIOGRAFIA:

Hendry, Diana- Um Natal de muita neve, Companhia Editora Nacional, São Paulo-2005.

Colecao, A magia do Natal, Editora Ciranda Cultural.

Dowley, Tim, Naquela noite de Natal, Editora Paulinas, São Paulo-2010.

Recreio, Revista, Ano 8, nº 406, 20/12/2007, pgs. 8 a 15, Editora Abril.

Acessível em: http://www.animamundi.com.br/pt/festival/programacao/galeria:466.html

http://www.spacca.com.br/educacao/storyboard.htm

http://www.uva.br/producaodigital/criacoes_design_grafico_ilustracao_e_animacao_3d.htm

http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2008/09/como-fazer-uma-animao-com-bonecos.html

http://listasde10.blogspot.com/2010/04/10-filmes-de-animacao-stop-motion.html

httt: www.anjosde prata.com.br

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POESIAS DE AMOR

Vejam que bacana! Alguns poetas de nossa escola não satisfeitos em produzir poesias sobre o tema Meio Ambiente resolveram escrever também sobre o tema Amor. Eu gostei, e vocês? Se continuarmos assim, com certeza o livro irá surgir!

    ENCONTRO

Espero-te no mar...
Onde a gente deve se encontrar.
O dia amanhece...
E eu te espero lá!
Oh, Romeu! Venha logo ao meu encontro...
Pra saber o que é amar!
                                                                     Aline 4ªA

       ILUSÃO DE UM SONHO

Como amar sem se ver?
Como gostar sem saber?
Nunca olhamos quem amamos
Mas amamos pra valer.

Quando achamos que é de verdade,
Começamos a entender
Que tudo não passou de um lindo e belo sonho
E o amor não irá acontecer.

Jaqueline 8ºC

AMOR PERFEITO

É tão bom amar...
E ser amado!
E saber que essa pessoa
Sempre estará ao seu lado.

Existe aquele amor
Que podemos confiar
É aquele que nunca
Pensamos em abandonar.

O amor é como fogo
Que arde dentro do peito
Se não cuidarmos dele
Ele pode ser desfeito.

Quando duas almas gêmeas
Encontram-se de verdade
O coração fica tão puro
Que afasta qualquer maldade.

Naiara e Nathalia 5ºB

COMO É O AMOR?

Como é o amor?
Inexplicável de dizer
Difícil de entender.
Tentamos não demonstrar
Mas não conseguimos nos conformar.

Que tudo foi só uma ilusão
E não queremos mais amar
Mas, acontece tudo de novo
E voltamos a nos apaixonar.
Como é o amor?
Ninguém consegue explicar!

Jaqueline 8ºC

HIBERNAÇÃO

Meu coração não sobreviverá
Sem você que é meu ar.
Sem você, de sede vou morrer
Porque tu és minha água pra beber.

Seu amor é meu alimento
Preenchimento do vazio que carrego aqui dentro.
Sei que irá demorar a voltar
Por isso meu coração vai hibernar, esperando você retornar.

Marcelo 8ºA

POESIAS DOS ALUNOS DE NOSSA ESCOLA

                                       
Finalmente algum retorno de nossos alunos sobre o Projeto Poesia e Meio Ambiente.
Ainda estamos aguardando mais produções para a organização do sarau e quem sabe um livro de poesias. Leiam e deixem sua opinião!

URGÊNCIA

Não demora!
Não demora!
O planeta sofre lá fora!
Tá na hora de ajudar.

Vamos todos colaborar:
garrafa pet transformar,
papel reciclar e
a mata Atlântica cuidar.

Lixos do chão, recolher.
Reciclar! Reciclar!
Para o planeta sobreviver!

Esteja alerta!
Não demora!
Mude sua atitude urgente!
O planeta sofre lá fora!

Amanda e Jeniffer- 6ºA

MEIO AMBIENTE

O meio ambiente está sendo destruído
por causa do homem que está poluindo.
A água irá acabar,
se o homem continuar desperdiçando.

Os nossos carros estão poluindo o ar,
aumentado a camada de ozônio.
As nossas florestas estão se acabando,
Porque as árvores estão derrubando.
Nossos animais desaparecerão
Porque já estão em extinção.

Alexandre 6ºA

PRESERVAR

O nosso planeta está correndo um grande risco.
É hora de ajudar, vamos todos reciclar!
Com esforço e união
Podemos chegar lá!

A Terra nunca pode parar!
Contribuir e preservar é a nossa função.
Existem muitos meios de ajudar.
É só pensar e por o plano em ação.

Nunca jogue lixo no chão,
Economize água, não polua o ar.
Com a colaboração de todos
Nosso planeta vamos preservar!

Querem e Bruna Amorim- 6º A.

CUIDE DA NATUREZA

Não podemos maltratar os animais
Porque eles são amigos da natureza
Precisam de nossa ajuda
Pra sobreviver, com certeza!

Alguns animais estão em extinção
E muitos vão acabar morrendo.
Vamos cuidar da natureza
Porque ela está sofrendo.

Mirelli-3ºC

SERÁ?

Será que a mãe vai continuar sendo natureza?
Será que o meio vai ter ainda um ambiente?
Será que na flora haverá flores?
Será que a fauna vai ter seus animais? Pense!

Será que as árvores ainda terão uma floresta?
Será que os peixes terão água pra beber?
Será que o homem vai perceber que se
continuar matando não conseguirá sobreviver?

Marcelo 8ºA

MUNDO CONFUSO

O mundo gira, sacode, dá voltas...
E nunca para no mesmo lugar.
As pessoas mudam-se, iludem-se, destroem-se
E nunca param de se entregar...

Eu fico pensando:
Será que o mundo irá mudar?
Natureza sem vida, floresta sumida...
Onde é que isso irá parar?

Isabella e Victória 4ºC

SOMOS PARTE DA NATUREZA

Tudo o que acontece no meio ambiente
É algo que a gente sente
Natureza e razão
Reciclagem e união.

Desmatamento é destruição
As árvores são parte da natureza
Que fazem parte do meio ambiente
Que fazem parte da gente.

Unidos num poema, unidos de cabeça.
Responsabilidade e certeza
Juntas nesse poema
Descrevem a natureza.

Bruna Vitoria 6ºA


MEIO AMBIENTE

Nós precisamos preservar o meio ambiente
Para nossa própria salvação
Se o aquecimento global continuar a ocorrer
Os peixes e os animais não sobreviverão.

Todos os animais da natureza
Estarão condenados a morrer
As árvores e todas as plantas
Poderão um dia desaparecer.

As águas frescas e limpas dos rios
Um dia irão secar
A atmosfera ficará poluída
E como sobreviver sem o ar?

Para que isso não aconteça
O que fazer para evitar?
Diminuir a quantidade de carros na rua,
Economizar energia e água, cuidar do lixo, reciclar.

Então vamos nos unir
E juntos cuidar da Terra, nosso lar
Com a colaboração de todos
Nosso planeta será espetacular!

Rebeca e Carlos 4ºD

LEITURAS

 A história do cachorro que encantou o mundo, agora para crianças. Inspirada no best-seller Marley & Eu e voltada para o público infantil, esta livro conta as travessuras do simpático e pequeno filhote, desde sua chegada a uma nova casa. A cada dia passado, ele crescia mais. E quanto maior ficava mais encrenca arrumava. Uma história escrita sob medida para as crianças, sobre como o amor pode nos surpreender com recompensas inesperadas.
O livro vem acompanhado de um Cd e encantou os alunos do Ciclo I com a narração dos personagens e principalmente com a voz do baby Lou.


 São 19 histórias divididas em cinco blocos: "Será que é lenda" traz histórias do folclore urbano, entre elas as assustadoras A Loira do Banheiro e Vovó Maria; "Memória do mundo" apresenta mitos de vários lugares (como O dia em que vi Pégaso nascer, da cultura grega; A longa vida de Merlim,mito inglês dos tempos do Rei Arthur; e A dança da vida, em que uma escrava brasileira do século XIX fala de seu relacionamento com o filho da patroa branca). Outros blocos são "Histórias de amor" (a descoberta do amor entre casais de hoje e de outros tempos), "Aventuras contadas por meu pai" (em que a autora conta episódios da infância de seu pai, nos anos de 1940) e "Medos inquietantes" (histórias delicadas e instigantes que falam de morte, perda, violência, medos imaginários e reais).
Esse livro despertou o interesse dos alunos do Ciclo II.


                             

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O POETA E AS ANDORINHAS



Quem pode ir ao teatro apreciou demais a peça. A interpretação dos atores, o figurino, as músicas...tudo foi impecável! As coordenadoras receberam material pedagógico de apoio da peça que serão utilizados pelos alunos e professores. Recomendamos a todos esse maravilhoso trabalho artístico!

EXPOSIÇÃO MONTEIRO LOBATO (BIENAL 2010)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010



PROJETO: A POESIA E O MEIO AMBIENTE.

JUSTIFICATIVA: Para trabalhar o Projeto “Sustentabilidade”- uma questão de respeito escolhemos para a Sala de Leitura o tema A POESIA E O MEIO AMBIENTE porque já estávamos trabalhando com o Projeto Chega de prosa...vamos à poesia do Vote no melhor texto, onde os alunos descobriram a poesia que existe nas coisas e no mundo que nos cerca. Será uma nova oportunidade para refletirmos a respeito das nossas sensações e emoções, da beleza que existe na natureza e da importância de preservá-la. Este trabalho sobre o meio ambiente, com poemas e letras de músicas, dará a oportunidade aos alunos de exercitar sua sensibilidade, de pensar, sentir e escrever os poemas, desenvolvendo a autonomia, o senso crítico e a criatividade. As atividades desenvolvidas através da observação, participação e a criação dos alunos, ajudarão na formação de sujeitos livres para expressar seus pensamentos e emoções através da criatividade.

“O contato estabelecido pelos alunos com o material poético pode ocorrer desde cedo; eles se relacionam com poemas ao se movimentar no ritmo de uma canção, por exemplo. Afinal, um poema acompanhado de instrumentos é música.” Camila Monroe.

OBJETIVOS:
• Desenvolver no aluno o gosto pela poesia, proporcionando lhe momentos poéticos, como leitura de poemas, observação da beleza e harmonia das coisas que a cercam, ajudando-a na descoberta da poesia que existe em cada ser e no mundo ao seu redor, desenvolvendo assim sua sensibilidade e fazendo da poesia um meio de comunicação com o mundo;
• Unir a poesia ao estudo do meio ambiente proporcionando ao aluno a aquisição de conceitos que o ajude a interpretar o meio ambiente, integrando-se nele;
• Desenvolver no aluno o interesse pelo mundo em que vive, estabelecendo relações entre ela e o mundo, permitindo-lhe expressar suas preocupações e opiniões, possibilitando-lhe uma visão crítica da situação;
• Conscientizar a família da importância do meio ambiente em nossas vidas e de que depende dela a continuidade deste trabalho, assim como desenvolver nos alunos hábitos de preservação e conservação dos recursos naturais, começando por sua casa, sua escola, seu bairro.

DURAÇÃO: 09/08 a 29/10.

PROCEDIMENTOS:

• Explicação do Projeto e dos objetivos para os alunos;
• Questionamentos sobre o conhecimento de alguma poesia ou música sobre o Meio ambiente (conhecimento prévio);
• A leitura de textos poéticos enriquecerá muito esse trabalho:
Cidadezinha qualquer, de Carlos Drummond de Andrade e Cimento armado, de Paulo Bonfim, mostrando a diferença entre a cidade grande, poluída, destruída pelo progresso, e a cidade do interior, pequena, preservada, onde tudo é natural;
• Solicitar que os alunos observem a característica das poesias sobre o meio ambiente;
• Apresentação através da leitura compartilhada das poesias;
• Audição de CD de músicas sobre a natureza e preservação do meio ambiente;
• Os alunos assistirão aos filmes: Tainá2 e Turma da Mônica: Chico Bento – Na roça é diferente (Ciclo I) e documentário Uma verdade inconveniente - Aquecimento global e Uma aventura no Ártico (Ciclo II), que tratarão da questão ambiental e preservação do planeta Terra.
• Livros que serão lidos durante o projeto: Azul e lindo: Planeta Terra, nossa casa de Ruth Rocha e O certo é o contrário de Ivan Jaf, A árvore bondosa de Ferando Sabino;
• A leitura oral pela professora será importante para que os alunos percebam a diferença entre ler e declamar uma poesia que exige o ritmo, a pronúncia certa das palavras, as pausas, interrogações e exclamações. A professora deve dar vida ao texto para que os alunos possam compreendê-lo melhor e vivência-l0, dando-lhe sentido;
• Quanto à interpretação dos textos, o aluno será estimulado a fazer uma reflexão sobre as informações neles contidas, dando o seu parecer, a sua opinião. E quanto mais estímulo esse aluno receber, maior será o seu poder de crítica e o desafio à investigação. O confronto entre os dois textos poéticos é de fundamental importância;
• Solicitar a alguns alunos que produzam textos poéticos para exposição na Feira Cultural;
• Decidir com os alunos o que será apresentado no sarau. Perguntar aos alunos quais são os textos prediletos delas e decidam se as declamações serão feitas individualmente ou em duplas;
• Ensaiar com os alunos os poemas. Filmar e expor as imagens para que todos possam se aperfeiçoar.
• Um texto-imagem, Bandeira, do Henfil, será introduzido com o objetivo de fazer o aluno ler a imagem, interpretá-la, procurar seu sentido e descobrir a intenção do autor. Esse tipo de atividade é muito importante para a vida das pessoas, pois nosso mundo está invadido por imagens que procuram transmitir as mais diversas mensagens, exigindo compreensão.



                                       
Os Dez Mandamentos da Ecologia:
1. Ama a Deus sobre todas as coisas e a natureza como a ti mesmo.
2. Não defenderás a natureza em vão com palavras, mas através de teus atos.
3. Guardarás as florestas virgens, pois tua vida depende delas.
4. Honrarás, a flora, a fauna, todas as formas de vida, e não apenas a humana.
5. Não matarás.
6. Não pecarás contra a pureza do ar deixando que a indústria suje o que a criança respira.
7. Não furtarás da terra a sua camada de húmus, raspando-a com o trator, condenando o solo à esterilidade.
8. Não levantarás falso testemunho dizendo que o lucro e o progresso justificam teus crimes.
9. Não desejarás para teu proveito que a fonte e os rios se envenenem com o lixo industrial.
10. Não cobiçarás objetos e adornos para cuja fabricação é preciso destruir a paisagem: a terra também pertence aos que ainda estão por nascer. Ecléa Bosi

MÚSICAS:
Planeta Azul Chitãozinho e Xororó, Natureza, Espelho De Deus Chitãozinho e Xororó,
As Baleias  Roberto Carlos, Xote Ecológico Luiz Gonzaga, Amazônia Roberto Carlos, Planeta Água Guilherme Arantes,O Sal Da Terra Jota Quest, Tainá-Flor Djavan, Estrela Natureza Sá E Guarabyra,
Pantanal Marcus Viana, Filhos da Terra- LBV, Somos Filhos Da Mãe Natureza

Jeito Moleque,Herdeiros do Futuro Toquinho.

AVALIAÇÃO: Dar-se-á no decorrer do projeto através da observação dos alunos no que se refere à apropriação na forma de se expressar em situações de comunicação formal, da participação e envolvimento dos mesmos na realização das atividades e etapas propostas.
PROPOSTA DE FINALIZAÇÃO: Organização de um sarau de poesias sobre o meio ambiente com convite aos pais para assistir ao evento.

ENCERRAMENTO: Exposição das produções de poesias dos alunos na Feira Cultural da escola no dia 25/09/2010 e realização do sarau (data a ser definida).

BIBLIOGRAFIA:
Acessível em http://ceuseterra.com/2007/12/21/os-dez-mandamentos-da-ecologia/
Nova Escola, Revista-JunhoJjulho de 2010- Comunicação Oral –pgs 84 e 85, Editora Abril
Rocha, Ruth e Otávio Roth - Azul e lindo: planeta Terra, nossa casa, Editora Salamandra.
Jaf, Ivan- O certo é o contrário, Editora José Olympio, RJ,2000.
Sabino, Fernando- A árvore bondosa, Editora Ediouro.
                                              

POESIAS:

Meio ambiente
O meio ambiente agoniza!
A natureza pede socorro!
As matas pedem conservação
Os bichos pedem preservação
O ar não quer poluição
A água não quer contaminação
E o homem quer solução
Ele não sabe que é a solução!
Para melhorar a situação
Para a próxima geração!
Com muitas árvores para refrescar
Variedade de animais para admirar
Ar puro para respirar
Água cristalina para tomar.
Tudo isso depende de mim
Tudo isso depende de você
Tudo isso depende de nós...
Vamos nos conscientizar
De que nossos hábitos devemos mudar
Novas atitudes devemos tomar.
Aprender a conservar
Aprender a respeitar
Aprender a reciclar
Para o meio ambiente preservar
E a vida melhorar...
Mena Moreira
10/02/2005

VELHAS ÁRVORES

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Olavo Bilac


A faxina da natureza

A natureza é perfeita.
Pra tudo tem solução.
O que morre não se perde,
Passa por transformação.

A natureza é perfeita.
Isso a vida nos ensina.
Ela bem sabe como é
Que se faz uma faxina.

Animais se decompondo,
Plantas secas pelo chão,
Tudo é aproveitado,
No solo, na plantação.

Sylvio Luiz Panza

ANIMAIS EM EXTINÇÃO

PENSE LÁ NA FRENTE,
UM FUTURO NÃO DISTANTE.
SE AINDA HAVERÁ
ANIMAIS COMO O ELEFANTE...
PARE E PENSE EM UMA PLANTA
OU NUM BICHO BEM BONITO,
QUE AINDA HOJE EXISTE
E AMANHÃ PODE ESTAR EXTINTO...
PENSE LÁ NA FRENTE,
NUM FUTURO MUITO PERTO
NÃO TER VERDE, FLORES, FRUTOS
E VIVER EM UM DESERTO.
MAS NEM TUDO ESTÁ PERDIDO,
ISSO EU SEI TENHO CERTEZA,
SE CUIDARMOS COM CARINHO
DESTA NOSSA NATUREZA.
E POR ISSO É MUITO IMPORTANTE
RENOVAR O SENTIMENTO
DE CUIDAR DOS ANIMAIS
E DO REFLORESTAMENTO.

Sylvio Luiz Panza

INCÊNDIO NA MATA

Incêndio no meio da mata
entre faiscantes labaredas
não há quaisquer veredas
e o fogo tudo leva e mata

A natureza desolada assiste
a mãe preocupada, atenta
ao ver tamanha tormenta
tristemente chora, não resiste

A destruição dia-a-dia cresce
assolando o meio ambiente
por gente ainda inconsciente
que essa dádiva não reconhece

Sueli do Espírito Santo

AMAZÔNIA, REINO VERDEJANTE

Amazônia, nosso reino verdejante
vertendo a água doce abundante
está humilhada pela inconsciência
daqueles que ferem a sua beleza
ignorando a sua suntuosa realeza
com os desmandos da prepotência

Mesmo estando em chão brasileiro
é ambicionada por tanto estrangeiro
querendo explorar a sua existência
nos rios um murmúrio entristecido
todo o seu habitat está aborrecido
como a dizer "basta de negligência"

Sueli do Espírito Santo


Lixo

Na rua nós caminhamos
Muito lixo é encontrado.
O homem está destruindo a natureza
E ninguém está conscientizado.

Papel, garrafas pet e latinhas.
Foi isso que enxergamos
Nas ruas de sua cidade
A poluição esta aumentando.

Se a gente não cuida.
Cheio de lixo o mundo vai ficar.
Por isso separe o lixo,
E leve ele para reciclar.

O lixo provoca mau cheiro
E muita poluição.
Ele atrai moscas, ratos e baratas.
Causando doenças como cólera,
verminose, febre e até infecção.

Então vamos reciclar
Que assim o mundo vai melhorar
O lixo não tem outro destino
A não ser nos prejudicar.

Siderlei Antonio Camini

RECICLAGEM

Lixo, trapos, provas,
algumas trovas,
um verso inteiro
para o lixeiro...

Lixo, idéias pisadas,
figuras usadas,
refugo poético,
patético...

Lixo, emoção reciclada,
reaproveitada,
lixo poético e lógico,
ecológico.

Dalva Maria Ferreira


Cimento Armado

Batem estacas no terreno morto,
No terreno morto surge vida nova,
As goiabeiras do velho parque
E os roseirais abandonados,
Serão cortados
E derrubados

Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento-armado
Enraizado no velho parque
de goiabeiras
De roseirais

Batem estacas no terreno morto.
Século vinte...
Vida de aço...
Cimento-armado!

Batem as estacas
Um prédio novo, de dez andares,
Terraços tristes,
Pássaros presos,
Rosas suspensas,
Flôres da vida,
Rosas de dor.

Paulo Bonfim


Pescaria

Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.

Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.

As mãos do mar vê e vão,
as mão do mar pela areia
onde os peixes estão.

As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.

Por isso chora, na areia
a espuma da maré cheia.

Cecilia Meireles

CLASSIFICADOS POÉTICOS

Menino que mora num planeta
azul feito a cauda de um cometa
quer se corresponder com alguém de outra galáxia.
Neste planeta onde o menino mora
as coisas não vão tão bem assim:
o azul está ficando desbotado
e os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
alguém de outra galáxia
para trocarem selos, figurinhas
e esperanças.

(Roseana Murray) Trucidaram o rio

Prendei o rio
Maltratai o rio
Trucidai o rio
A água não morre
A água que é feita
de gotas inermes
Que um dia serão
Maiores que o rio
Grandes como o oceano
Fortes como os gelos
Os gelos polares
Que tudo arrebentam.

Manuel Bandeira


Suplício da natureza

Sou sua mãe,
A mãe natureza.
Foi Deus que me criou
Sou eu quem lhe dou,
O pão que tem na mesa.
Se disso tem certeza,
Tenho algo a lhes pedir:
Peça que o bicho homem
Deixe de me destruir.

Sempre lhes dei sustento
Sem nada pedir de troca,
Hoje, portanto lamento,
Desejo algo de volta,
As minhas águas cristalinas,
Minhas matas verdejantes,
Peço socorro! Se não assim eu morro,
Neste instante.

Já faz muitos anos
Que o homem me destrói,
Em meu seio muito dói
As queimadas, a erosão,
Se tens coração
Cuida bem de mim,
Pois a minha morte
Pode ser seu próprio fim.

Vejo lixos e agrotóxicos
Entupindo minhas veias,
São coisas tão feias
Nojentas e patológicas.
O homem não faz nem lógica
O quanto isso me judia.

Se ainda ouvir do Ipiranga
“Brados retumbantes”
De uma nação tão importante,
Que alcançou sua liberdade
É possível me libertar,
Do aquecimento tão alarmante
Peço, neste instante:
Ao homem para me salvar.

Seja você mais um,
Um membro desta corrente
Peça pra que mais gente,
Plante mais árvore,
Preserve minhas águas
Salve o meio ambiente

“se até mesmo a asa branca,
Bateu asas e foi embora”
E por isso que ela ignora
O quanto o homem explora
Meus recursos naturais.
Portanto, assim, não dá mais.
Por que ninguém colabora
Ignora
Explora

Tão destruindo minhas matas
Tão matando meus animais,
Tão poluindo meu ar,
É por isso que o poeta
Quis assim cantar:

“... O que plantar não nasce
O que nascer não dá
A terra está morrendo
Não dá pra respirar...”

Seja você mais um,
Um membro desta corrente
Peça pra que mais gente,
Plante mais árvore,
Preserve minhas águas
Salve o meio ambiente

Chamei sua atenção
Invocando meu suplício,
Use bem meus recursos,
Evitando desperdício
Sua mãe natureza,
Com certeza agradece,
Se você pensar nisso!


(Derlânio Alves)


VIVA A NATUREZA

Você anda, dá voltinhas,
você nada pelo mar.
Tanto verde à sua volta,
vale a pena preservar.

O planeta em que vivemos
já há muito tempo existe.
É preciso ter cuidado
para não deixá-lo triste.

Você anda, dá voltinhas,
você nada pelo mar.
As florestas preservadas,
nos garantem o respirar.

É preciso estar atento
e não querer poluição,
a fumaça do cigarro,
do carro, do caminhão.

Sylvio Luiz Panza
Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade


RESUMO

O Vento soa, entoa,
Emite sons decisivos...
A neblina fina e leve
Cai veementemente...
A chuva desce, molha,
Encharca, escoa...
A noite chega atormentada,
Atormentando, sova...
Mas depois despenca
Como uma folha seca,
Jogada ao relento...
O que podemos dizer e definir sobre
Esses fenômenos da natureza...?
Jean Carlos Gomes

Cuidando da Natureza

Vamos cuidar
Da mãe Natureza
Preservando a vida
Do nosso Planeta.

Não desperdicem água
Para não faltar
Separe todo lixo
Para reciclar.

Não destruam as matas
Árvores e flores
Que enfeitam o mundo
Com as suas cores.

Não poluam o ar
Isso não é legal
Na certa vai causar
O aquecimento global.

Vamos trabalhar
Nessa tarefa urgente
Para preservar
O nosso meio ambiente.

Leila Maria Grillo


Eco lógico

Se aos pássaros perguntares.
Quem polui os nossos ares,
onde os pulmões se consomem,
o eco, lógico, responde:
... homem... homem... homem...

E o húmus de nosso chão,
que resta pro nosso pão
logo após uma queimada?
O eco, lógico, responde:
... quase nada... quase nada...

O que era o Saara?
A Amazônia o que será?
Um futuro muito incerto?
O eco, lógico, responde:
... só deserto... só deserto...

O que resta, desmatando,
o que sobra, devastando,
ao homem depredador?
O eco, lógico, responde:
... só a dor... a dor... a dor...

Que precisa a natureza
pra manter sua beleza
e amainar a sua dor?
O eco, lógico, responde:
... mais amor... amor... amor...

Autor Desconhecido

Lenda da Cidade

A floresta tinha árvores
As árvores tinham ninhos.
Os ninhos tinham aves.
Os ovos tinham aves.
As aves tinham o canto,
No canto toda beleza.

Hoje não tem floresta,
Poucas são as árvores,
Poucos são os ninhos,
Poucas são as aves,
E é triste seu cantar.

. . . E a ave da cidade,
por falta de árvores,
fez seu ninho no telhado
ao lado da antena de tv . . .

(Célio Albuquerque)

Amigos do Planeta Terra

Somos todos responsáveis
Pela conservação do meio ambiente.
Cada um deve ser
Um cidadão consciente.

Cuidar das plantas, da praça, da rua
E também do parque do jardim.
Ser amigo do planeta
É bom para você e para mim também.


Djenane Alves Certeza

Certeza

Sereno, o parque espera
Mostra os braços cortados,
E sonha a Primavera
Com seus olhos gelados.

É um mundo que há-de vir
Naquela fé dormente;
Um sonho que há-de abrir
Em ninhos e sementes.

Basta que um novo Sol
Desça do velho céu,
E diga ao rouxinol
Que a vida não morreu.

Miguel Torga


Cordel do meio ambiente

Venho fazer um apelo
Do fundo do coração
Falando pra minha gente
Que é preciso atenção
Destruindo a natureza,
Acabamos com a nação!

Digo isso porque sei
Que a catástrofe é coisa feia
Todo o rio segue seu curso
Como a aranha faz sua teia
Não bastam algumas manchetes
Do salvamento da baleia!

O consumidor bem consciente
Com a natureza é afável
Não depreda o meio ambiente
Com a fauna é amigável
E luta para conseguir
O desenvolvimento sustentável.

O homem por natureza
Sempre foi um predador,
Mas precisa se reciclar,
Basta de tanto furor,
É possível ser progressista
E ser bom consumidor!

Como poetisa popular
Eu falo com sentimento
Pois da natureza eu escuto
Gritos de dor e lamento
Maltratamos quem nos dá
Moradia e sustento!

A nossa mãe natureza
Quando pedimos, nada nega
E o homem a retribui
Com a devastação dura e cega
E cansada desta agressão
Grandes peças ela nos pega!

Para educar o nosso povo
Faço versos e cordel
Esperando que estas palavras
Não fiquem presas ao papel
E que o Brasil não se transforme
Numa torre de Babel!

O Direito ambiental
É um tema que incomoda
Não pode só ser tratado
Nos papos de alta roda
É preciso que o povo
Faça parte desta moda!

Neste século tão conturbado,
Virou moda a ecologia,
Mas muitos não sabem nada
Fazem do assunto uma orgia,
Ser ecologicamente correto
É exercer cidadania!

E faço aqui um apelo
Para o bom consumidor
Respeitar a natureza
Tratando-a como uma flor,
Um ambiente saudável
É mais propício ao amor!

E para as crianças eu peço,
Não joguem lixo no chão,
Conservar tudo limpinho
É sinal de educação,
Seja um bom consumidor,
Nem mocinho, nem vilão!

Nós conhecemos pela mídia
Toda miséria do mundo,
Ferimos nossa mãe terra
No que tem de mais profundo
E ela nos fere em troca,
E quando quer,fere bem fundo!

Vimos geadas no Sul
Grandes secas no Nordeste,
Nosso rebanho bovino
Dizimado com a peste,
As usinas nucleares,
Poluindo o sudeste!

Já surgiram as tsunames
As secas e furacões,
As tempestades de gelo,
Terremotos e tufões,
A extinção de animais
Como tigres e leões!

A água que Deus nos deu,
Já está escassa e poluída
Muitos animais se extinguiram
A floresta foi destruída,
Continuamos comprometendo
A qualidade de vida!

Já diz um velho ditado
“Aqui se faz, aqui se paga!
Lutando contra a natureza,
O homem fez sua saga,
Cortando ventos e mares
Com o fio duro da adaga!




Já diz um velho ditado
“Aqui se faz, aqui se paga!
Lutando contra a natureza,
O homem fez sua saga,
Cortando ventos e mares
Com o fio duro da adaga!

O homem em sua sanha
Com o mal fez matrimônio
Consegue coisas horríveis
Com a ajuda do demônio,
Abrindo até um buraco
Na camada de ozônio!

Com o assoreamento dos rios
A poluição de nossos mares
Com o monóxido de carbono
Infestando nossos ares,
Colhemos, hoje, os frutos,
Das doenças pulmonares!

Vai terminar este bom tempo
Do banho de cachoeira,
Dos causos na boa sombra
Em baixo de uma mangueira,
Acabaremos com as árvores,
Para queimar a madeira!

Sentada em minha varanda
Longe da urbe e agito,
Não vejo mais papagaios
Nem o cantar de periquitos
Com o murmúrio dos ventos,
Da natureza ouço os gritos!

Este é o retrato que faço
Da total desolação,
Não adianta se enganar
Nem usar de enrolação
Neste passo avançamos
Para a total destruição!

Por isso digo em bom tom
Sem medo nem precaução
Em matéria de holocausto
O homem já é campeão
E um dia nós não teremos
Nem madeira pro caixão!

Odila Schwingel Lange*

O CICLO DA ÁGUA

É A ÁGUA INDO RIO A FORA
DESLIZANDO A CAMINHO DO MAR
É O MAR SE REVIGORANDO
COM ESTE ETERNO RECEBER
SOFRERÁ AS INFLUÊNCIAS
DA NOSSA LUA, DAS ESTRELAS
E PRINCIPALMENTE O CALOR
DO NOSSO SOL - O ASTRO-REI.
EVAPORARÃO AOS ARES
FORMANDO BELAS NUVENS
E NO BALLET E NAS BRISAS,
DOS TRAVESSOS VENTOS,
VOLTARÃO À TERRA
DESAGUARÃO EM CHUVAS
IRRIGARÃO VALES E MONTANHAS
INFILTRARÃO-SE EM TODOS MEANDROS
QUE MATARÃO A SEDE DAS AVES,
DO SER HUMANO E DE TODOS OS ANIMAIS.
RENOVARÃO TODAS AS FLORESTAS
FARÃO FLORIR TODAS AS FLORES,
MANTERÃO TODAS AS ÁRVORES
QUE NOS DARÃO TODOS OS FRUTOS
GERMINARÃO NOVAS SEMENTES
RENOVANDO TUDO, ESCORANDO A VIDA.
TRARÃO MUITA BENÇÃO E ALEGRIA
E VOLTARÃO AOS RIOS
QUE VOLTARÃOM AO MARES
SEGUINDO OS SEUS LEITOS
QUE GERARÃO AS NOVAS NUVENS
QUE AS DEVOLVERÃO LIMPAS
É O CICLO DA ÁGUA
DO NOSSO JUDIADO PLANETA
QUE ESTÁ CHEGANDO
AO SEU ESGOTAMENTO.
QUANTA ALEGRIA PELOS NOSSOS RIOS,
MAS TAMBÉM QUANTA TRISTEZA.
HSERPA
27/08/2009

Canção da tarde no campo

Caminho do campo verde,
estrada depois de estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.

Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.

Meus pés vão pisando a terra
que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!

Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a flor é minha.

Os meus passos no caminho
são como os passos da lua:
vou chegando, vais fugindo
minha alma é a sombra da tua.

Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto.
Subo monte, desço monte,
meu peito é puro deserto.

Eu ando sozinha,
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.

Cecília Meireles


JOGANDO O SONHO NO VERDE

Era uma vez
uma árvore
que o vento desfolhou
e o tempo envelheceu.
Formigas carregavam suas folhas,
Insetos comiam seus frutos,
e homem
cortava seus galhos
e, em um passar de lua,
só o tronco sobrou.
A chuva que caía
Já não molhava.
A seiva que corria
Já não sustentava.
Passava a noite,
passava o dia,
passavam olhos,
Mas ninguém via.
Lá dentro do tronco
Um coração ainda batia!
E coração de árvore quando bate
Faz a terra tremer, confessar sua fragilidade.
O barulho de querer voltar a existir
Foi como um grito.
E o menino índio
que corria por entre as matas
matando a sede nas águas claras,
jogando os sonhos
no verde,
brincando na natureza
como se fosse um bicho,
chegou e aninhou-se à árvore
com muito amor.
O corpo moreno
inventou um jeito de chorar.
Todas as coisas do mundo
-homens, animais, flores, folhas, água, céu...
O tempo recolheu para as sombras.
Os olhos brilharam de emoção.
As mãos tocaram a árvore
e teve início a dança da vida!
No mágico silêncio,
a esperança agarrada à inocência
cruzou madeira, raiz e terra.
O perfume de incensos
chegou delicado até o ar.
Em frente do céu
foi como se chegasse a primavera.
No tronco formaram-se galhos,
E ele cobriu-se de folhas.
Flores desceram ao chão,
despindo na sua passagem
o menino.
A natureza declarou
todo o seu amor...
Depois o menino
desapareceu tímido,
como se fosse um sonho
- um sonho de menino.
Daquele momento,
daquela oração,
apenas um pássaro
voou para a árvore
levando no bico
gravetos para o ninho.
E seu canto rolou para o mundo.
Para alguns, como pedra.
Para outros, como música, poesia,
canto de passarinho.

Jussara Braga

O RIO

Uma gota de chuva
A mais, e o ventre grávido
Estremeceu, da terra.
Através de antigos
Sedimentos, rochas
Ignoradas, ouro
Carvão, ferro e mármore
Um frio cristalino
Distante milênios
Partiu fragilmente
Sequioso de espaço
Em busca de luz

Um rio nasceu.

Vinicius de Moraes


O AUTORRETRATO

No retrato que me faço
- traço a traço -
Ás vezes me pinto nuvem
Ás vezes me pinto árvore...

Mário Quintana

Baile no Sereno

Cantador canta tristeza,
canta alegria também.
É de sua natureza
cantar o mal e o bem.
Pois ele tem dentro dele
o canto que o canto tem...

Por isso, se o mar secar,
se cobra comprar sapato,
se cachorro virar gato,
se o mudo puder falar,
Se a chuva chover pra cima,
se barata for grã-fina,
Quando o embaixador for em cima,
Cantador vai se calar.

Ruth Rocha

Patrulha Ecológica

Ei, Coronel,
Cabeça de papel!
Deixa de moleza
E cuida da natureza!
Quem derrubou a mata?
Quem os peixes mata?
Quem polui o mar?
E envenena o ar?
Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!
Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília
Café com biscoito.

Maria Dinorah

terça-feira, 17 de agosto de 2010

VAMOS AO TEATRO!

                                  
NOSSA ESCOLA IRÁ AO TEATRO IMPRENSA (dia 20/08) ASSISTIR A PEÇA O Poeta e as Andorinhas que traz o universo de Oscar Wilde para o público jovem.
Contos infantis de Oscar Wilde com direção de Paulo Ribeiro.
Oscar Wilde escreveu uma série de contos de fadas para seus filhos. Assim o autor chamou esses textos, de contos infantis. Entretanto, suas narrativas de fadas, anões, pássaros encantados, príncipes e princesas possuem desfechos improváveis para o gênero e um certo realismo cruel.
O musical O Poeta e as Andorinhas é baseado nesses textos. A peça tem adaptação e direção de Paulo Ribeiro, cenários de JC Serroni, figurinos de Leonardo Diniz, direção musical de Dyonisio Moreno e produção geral de Cintia Abravanel. O espetáculo venceu os prêmios APCA de Melhor Figurino e FEMSA de Melhor Figurino e Produção.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

21ª BIENAL DO LIVRO EM SP

                          
Nossa escola irá na Bienal do Livro 2010 no dia 19/08. Estamos ansiosos para ver o livro digital e todas as novidades desse ano.
Um acervo que mostrará a história de um dos maiores escritores brasileiros do século XX(MONTEIRO LOBATO). Ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, como o Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Vamos visitar a exposição e conhecer as obras deste grande escritor!

História e cronologia de Monteiro Lobato

Exposição de objetos pessoais do autor e sua obra completa

Ação de lançamentos comentados

Lançamento do primeiro título de Monteiro Lobato na versão IPAD

Apresentações sobre Monteiro Lobato por especialistas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

ENTREGA DE LIVROS

Durante a semana de 14 a 18/06 houve entrega dos livros do Projeto Minha Biblioteca da Secretaria Municipal de Educação que tem como objetivo estimular o gosto pela leitura dos nossos alunos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

BIBLIOTECA SP


Conheça a Biblioteca SP que fica localizada na Av. Cruzeiro do Sul, 2630, no bairro Santana, ao lado da estação Carandiru do metrô.
Funciona de terça a sexta das 9 às 21 horas. Sábados, Domingos e Feriados das 9 às 19horas.
O telefone da biblioteca é (11) 2089-0800
A biblioteca possui um site oficial, um blog oficial e um twitter oficial.
Toda a programação cultural você encontra no blog:
http://www.bibliotecadesaopaulo.blogspot.com/
OUTRAS BIBLIOTECAS PARA VOCÊ:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/
bibliotecas/monteiro_lobato/index.php?p=9

http://www.biblio.com.br/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ILUSTRAÇÃO DOS CONTOS AFRICANOS COM MASSA DE MODELAR.



Algumas ilustrações dos contos africanos com massa de modelar feito pelos alunos dos 5ºs,6ºs, 7ºs e 8ºs anos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

PROJETO CONTOS AFRICANOS




Alguns alunos em seus trabalhos de ilustração dos Contos Africanos com desenhos e pintura.

domingo, 6 de junho de 2010

PROJETO SANTOS DUMONT NA AFRICA DO SUL

PROJETO COPA DO MUNDO 20010 “SANTOS DUMONT NA ÁFRICA DO SUL"


SALA DE LEITURA – CONTOS AFRICANOS


Projeto elaborado pela Professora Irene Santos da Silva.






JUSTIFICATIVA: Ao abordar o tema do Projeto Copa do Mundo 2010, que tem a África como sede, a sala de leitura irá dar destaque ao gênero textual contos africanos. Farei da Arte um recurso estratégico, valorizando o aluno, apostando na sua aprendizagem e aproveitando todas as possibilidades de seu repertório de conhecimento e emoções.

OBJETIVOS:
• Utilizar a expressão artística para estimular o aluno a exprimir sem receios, sem censuras, sem se importar com talento ou capacidade criativa, seus sentimentos e emoções.
• Identificar e respeitar diferentes culturas;
• Identificar as características marcantes desse tipo de texto;
• Explorar recursos da oralidade e da escrita;

DURAÇÃO: 29/03 A 28/06

PROCEDIMENTOS:

• Audição de uma música sobre a África (os alunos receberão letra da música para leitura compartilhada e cantar).
• Explicação do Projeto e dos objetivos para os alunos;
• Conversação sobre as características do gênero quer irá ser trabalhado e questionamentos sobre o conhecimento de algum conto africano;
• Solicitar que os alunos observem a característica dos contos africanos que explicam fenômenos da natureza de forma criativa e nos mostram uma versão peculiar da cultura de determinado povo;
• A professora irá ler oito contos africanos para cada turma (CI e CII), sendo que serão selecionados apenas quatro de cada turma para realização dos trabalhos de arte;
• Apresentação através da leitura do conto ou audição de CD;
• Reescrita do conto pelo aluno;
• Revisão da reescrita pelo professor;
• Realização em grupo de uma atividade artística para representar a narração;
• Produção de desenhos que representem o conto;
• Exposição das reescritas dos contos e dos trabalhos de arte.

AVALIAÇÃO: Dar-se-á no decorrer do projeto através da observação da participação e envolvimento dos alunos na realização das atividades e etapas propostas.

PROPOSTA DE FINALIZAÇÃO: Produção de cadernos com as reescritas dos contos (digitados na Sala de Informática) e dos trabalhos de arte (para ilustração e exposição).

ENCERRAMENTO: Exposição geral da escola com todos os produtos finais do projeto da Copa do Mundo 2010- Alberto Santos Dumont na África do Sul.

BIBLIOGRAFIA:
D’ZAMBÊ, Julio e Débora- Contos africanos, Universidade Falada, Audio Livro, Série Cultura-2010- São Paulo
PRADO, Zuleika de Almeida- Mitos, mitos, Lendas, lendas, Ed. Callus- São Paulo-2003.
ARRABAL, José- O livro das Origens, Ed. Paulinis, São Paulo- 2008.
HALEY, Gail E.- O baú das histórias, Ed. Global
ACESSÍVEL em http://lendasecalendas.omeuforum.net/01/04/2010.

AVALIAÇÃO- PRODUÇÃO TEXTUAL
Modalidade: CONTOS

TÓPICOS DE REVISÃO

Desenvolvimento e adequação ao tema
• O texto produzido corresponde ao tema proposto?
• Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
• O texto apresenta clareza?
• O texto apresenta seqüência lógica

Características do gênero
• Apresenta Título?
• O texto caracteriza-se como uma prosa/ narrativa?
• Apresenta fatos históricos com superstições e crendices?
• Apresenta características de lugar onde o fato aconteceu?
• Apresenta o elemento quando?
• Apresenta suspense / aventura?
• O texto está escrito na 3ª pessoa?
• Apresenta seqüência cronológica?

Estrutura Estética
• O texto foi escrito respeitando as linhas?
• A letra empregada é legível?
• O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
• O texto apresenta margem dos dois lados da página?
• Há marcação adequada de parágrafo no corpo do texto?

Estrutura Lingüística
De uma forma geral o aluno:
• Escreve convencionalmente as palavras?
• Apresenta separação silábica quando necessário?
• Acentua adequadamente as palavras?
• Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
• Usa letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
• Emprega o vocabulário de maneira adequada?
• Apresenta concordância nominal?
• Apresenta concordância verbal.

MÚSICAS

ÁFRICA- Palavra Cantada – CI

Quem não sabe onde é o Sudão saberá
A Nigéria o Gabão Ruanda
Quem não sabe onde fica o Senegal,
A Tanzânia e a Namíbia, Guiné Bissau?
Todo o povo do Japão saberá
De onde veio o Leão de Judá
Alemanha e Canadá saberão
Toda a gente da Bahia sabe já
De onde vem a melodia
Do ijexá o sol nasce todo dia
Vem de lá
Entre o Oriente e ocidente
Onde fica?
Qual a origem da gente?
Onde fica?
África fica no meio do mapa do mundo do atlas da vida
Áfricas ficam na África que fica lá e aqui
África ficará
Basta atravessar o mar pra saber
Onde cresce o Baobá pra saber
Da Floresta de Oxalá e malê
Do deserto de alah
Do ilê Banto Mulçumanamagô
Yorubá


“O Brasil tem muito de África, conhecemos seu ritmo, sua religião, mas como será a origem disso tudo? Há muito que conhecer ainda.”


ÁFRICA DO SUL - Bamda Mel -CII

O ilê Aivê vai curtindo o seu reggae
Vai fazendo do seu samba
Uma forma de protesto
Segundo a norma
Dê a César o que é de César
Dê a Pedro o que é de Pedro
Dê ao negro toda África
África
África do Sul
África do Sul
(Bis)

E o apartheid que faz a separação
Envolvendo muita gente
E o conflito das nações
Nem todas as águas
Que habitam o oceano
Não dariam pra lavar
A imundice desse mundo
África
África do Sul
África do Sul
(Bis)

Reggae no reggae do samba
Reggae Ilê Aivê
África do Sul
África do Sul
(Bis)

CONTOS AFRICANOS-CI


BAOBÁ, A ÁRVORE DA ÁFRICA.

Quando o Criador estava fazendo tudo no mundo a primeira coisa que ele fez foi o Baobá. O Baobá foi crescendo, crescendo, e enquanto isso o Criador foi trabalhando para fazer tudo no mundo.
Um dia o Baobá foi se olhar no espelho d’água, percebeu que era muito grande, muito alto. Ele foi até o Criador e perguntou:
- Criador, porque é que eu sou desse jeito? Eu gostaria de ser delicado como as plantinhas que estão ao redor da lagoa... Eu não quero ser dessa forma!
O Criador na sua paciência explicou que aquela fora sua primeira criação e que por isso tinha se dedicado muito, tornando-a uma árvore muito importante, porque tudo nela se aproveita. Mas, o Baobá não queria nem saber.
O Criador continuava ocupado fazendo tudo e o Baobá atrás, reclamando... Vivia reclamando ao Criador:
- Criador, dá um jeito na minha aparência! Não é possível assim!
O Criador foi agüentando, foi agüentando... Até que, um certo dia, perdeu a paciência com o Baobá. Arrancou o Baobá do chão, virou de ponta cabeça e enfiou o Baobá na terra.
Até hoje, quando você olha para o Baobá, parece que é uma árvore de cabeça pra baixo. Suas raízes são como se fossem braços pedindo ao Criador uma solução para o seu problema.
(Texto extraído do CD Universidade Falada- Contos Africanos)


COMO SURGIU A GALINHA D’ANGOLA

Antigamente as aves viviam felizes nos campo e nas florestas africanas, até que a inveja se instalou ente elas tornando insuportável a convivência.
Nessa ocasião, quase todos os pássaros passaram a invejar a família do Melro, que era muito bonito. O macho, com sua plumagem negra e seu bico amarelo-alaranjado, despertava em plumagem negra e seu bico amarelo-alaranjado, despertava em todos à vontade de ser igual a ele. As fêmeas tinham o dorso preto, o peito pardo-escuro, malhado de pardo-claro, e a garganta com manchas esbranquiçadas. Elas causavam inveja maior ainda.
O Melro, vaidoso, certo de sua beleza, prometeu que se todas as aves o obedecessem usaria de seus poderes mágicos e os tornariam negros com plumagem brilhante. Entretanto, os pássaros logo começaram a desobedecê-lo. Então ele, furioso, jurou vingança, rogou-lhes uma praga e deu-lhes cores e aspectos diferentes.
Para a Galinha D’Angola, disse que seria magra e sentiria fraqueza constante. Fez com que seu corpo se tornasse pintado assim como o de um leopardo. Dessa forma seria devorada por aqueles felinos, que não suportariam ver outro animal que tivesse o corpo tão belo, pintado de uma maneira semelhante ao deles. Ela pagaria assim por sua inveja. E foi isso o que aconteceu.
Desde esse dia a Galinha D’Angola, embora seja muito esperta e voe para fugir dos caçadores, vive reclamando que está fraca, fraca. Com suas perninhas magras, foge com seu bando assim que surge algum perigo e é muito difícil alcançá-la. Suas penas, cinzas, brancas ou azuladas, são sempre manchadinhas de escuro tornando as galinhas d’angola belas e cobiçadas.
(Conto retirado do livro Muitos mitos, lindas lendas de Zuleika de Almeida, Ed. Callus.)

Observação:
Os demais contos foram retirados do CD citado abaixo:
D’ZAMBÊ, Julio e Débora- Contos africanos, Universidade Falada, Audio Livro, Série Cultura-2010- São Paulo.
-Ianka, a menina do colar de contas.
-Nizua e o arco-íris.
-Omana, o menino príncipe.
-Porque o sol e a lua moram no céu.
-Pitam e a estrela cadente.

HALEY, Gail E.- O baú das histórias, Ed. Global.
-O baú das histórias.


CONTOS AFRICANOS-CII

QUEM PERDE O CORPO É A LÍNGUA

Conta-se em Angola que há muito tempo um caçador, voltando para sua aldeia, encontrou uma caveira num oco de pau. Assustado, olhou desconfiadamente de um lado para outro, temendo alguma armadilha ou uma das muitas artimanhas dos espíritos que faziam da floresta seu lar. Mesmo ainda muito espantado, tomou coragem e se aproximou para observar.
Nesse momento, a Caveira chamou-o e pediu:
— Chegue mais perto, caçador, que eu não mordo, não!
Mas quem diz que ele a atendeu. Mais desconfiado do que propriamente assustado, o caçador ficou onde estava e somente depois de mais algum tempo juntou um restinho de coragem e perguntou:
— Quem a pôs nesse lugar, Caveira?
— Foi a Morte, caçador — apressou-se ela a responder.
— E quem a matou?
Enigmática, os olhos brilhando nas órbitas vazias, a Caveira voltou a responder:
— Quem perde o corpo é a língua!...
O caçador voltou para casa e contou aos companheiros o que acontecera. Ninguém acreditou, mas conversa vai, conversa vem a história da Caveira que falava no meio da floresta foi se espalhando, espalhando, até que muita gente dela falava. Dias mais tarde o caçador passou pelo mesmo pedaço escuro e sombrio da floresta e tornou a ver a Caveira no mesmo lugar, ajeitada caprichosamente num oco de uma enorme e igualmente assustadora árvore. Tornou a fazer as mesmas perguntas e, como era de esperar, ouviu as mesmas respostas. Mais que depressa o caçador correu para a aldeia e, todo orgulhoso de si mesmo, pois afinal era o único que encontrava e conversava com a misteriosa Caveira, teimou em contar a história aos companheiros. A verdade é que tanto ele contou que muitos começaram a ficar com raiva dele... Afinal de contas, que Caveira era aquela que só falava com ele?
E por quê? Seria mentira? Por fim, acabaram dizendo:
— Vamos ver essa tal Caveira de que fala tanto, mas ouça bem: se ela não disser coisa alguma que se pareça com tudo isso que você tem dito a nós, vamos lhe dar lá mesmo a maior surra de pau que você já levou pra deixar de ser mentiroso, ouviu bem?
Certo que a Caveira não o decepcionaria, mais do que depressa o caçador os conduziu até a sua estranha companheira. Vendo-a, apressou-se em lhe fazer as tais perguntas de que tanto falara, mas a Caveira não murmurou sequer qualquer coisa. Calada estava, calada ficou. Mais o caçador perguntava e mais ela ficava calada. Nem um “ai”, quanto mais uma resposta.
Diante dos olhares ameaçadores dos companheiros, ele ainda tentou argumentar, dizer qualquer coisa, encontrar um jeito de...
Mas ninguém quis saber de conversa e muito menos de explicação. Caíram sobre ele com toda a raiva do mundo e deram-lhe uma grande surra. A maior que já levara. Foram embora reclamando muito e gritando:
— Mentiroso!
Pobre caçador! Pobre caçador! Todo machucado, o corpo dolorido, ficou estirado no chão, gemendo. Só com muito esforço, conseguiu forças para ficar de pé. Quando finalmente conseguiu se levantar, olhou cheio de raiva para a Caveira e resmungou:
— Olha bem, coisa do diabo, o que fez comigo! Os olhos dela cintilaram quase zombeteiramente e, depois de algum tempo, ela afirmou:
— Quem perde o corpo é a língua, meu amigo, é a língua...
E cá entre nós, com toda razão!
O caçador, bem machucado, foi para casa e, dessa vez, calou-se, guardando para si aquilo que somente ele ouvira.
Mukuendangó, Mukúfuangó, Mukuzuelangó, Mukuiangó. (Por andar à toa, morre-se à toa; por
falar à toa, vai-se à toa!)

Lendas Negras de Júlio Emílio Braz - Quimbundo


“ESTOU VOLTANDO...”

Um jovem angolano caminhava solitário pela praia. Parou por alguns instantes para agradecer aos deuses por aquele momento milagroso: o deslumbramento de sua terra natal. O silêncio o fez adormecer em seu âmago, despertando inesperadamente com o bater das ondas sobre as pedras. De repente, surgiram das matas homens estranhos e pálidos que o agarraram e o acorrentaram. Sua coragem e o medo travaram naquele momento uma longa batalha... Ele chamou pelos seus pais e clamou pelo seu Deus. Mas ninguém o ouviu. Subitamente mais e mais rostos estranhos e pálidos se uniram para rirem de sua humilhação. Vendo que não havia saída, o jovem angolano atacou um deles, mas foi impedido por um golpe. Tudo se transformou em trevas.
Um balanço interminável o fez despertar dentro do estômago de uma criatura. Ainda zonzo, ele notou a presença de guerreiros de outras tribos. Todos se demonstraram incrédulos sobre o que estava acontecendo. Seus olhos cheios de medo indagavam. Passos e risos de seus algozes foram ouvidos acima. Durante a viagem muitos guerreiros morreram, sendo seus corpos lançados ao mar. Dias depois, já em terra firme, ele é tratado e vendido como um animal. Com o coração cheio de “banzo” ele e outros negros foram levados para um engenho bem longe dali. Foram recebidos pelo proprietário e pelo feitor que, com o estalar do seu chicote não precisou expressar uma só palavra. Um dia, em meio ao trabalho, o jovem angolano fugiu. Mas não foi muito longe; foi capturado por um capitão do mato. Como castigo foi levado ao tronco onde recebeu não duas, mas cinqüenta chibatadas. Seu sangue se uniu ao solo bastardo que não o viu nascer.
Os anos se passaram, mas a sua sede por liberdade era insaciável. Várias vezes foi testemunha dos maus tratos que o senhor aplicava sobre as negras, obrigando-as a se entregarem. Quando uma recusava era imediatamente açoitada pelo seu atrevimento. A Sinhá, desonrada, vingava-se sobre uma delas, mandando que lhe cortassem os mamilos para que não pudesse aleitar. O jovem angolano não suportando mais aquilo fugiu novamente. No meio do caminho encontrou outros negros fugidos que o conduziram ao topo de uma colina onde uma aldeia fortificada – um quilombo – estava sendo mantida e protegida por escravos.
Ali ele aprendeu a manejar armas e, principalmente a ensinar as crianças o valor da cultura africana. Também foi ali que conheceu a sua esposa, a mãe de seu filho. Com o menino nos braços, ele o ergue diante as estrelas mostrando-o a Olorum, o deus supremo... Surgem novos rostos, estranhos e pálidos, mas de coração puro, os abolicionistas. Eram pessoas que há anos vinham lutando pelo fim do cativeiro. Suas pressões surtiram efeito. Leis começaram a vigorar, embora lentamente, para o fim da escravatura: A Lei Eusébio Queiroz; a do Ventre-Livre, a do Sexagenário e, finalmente, a Lei Áurea. A juventude se foi. O velho angolano agora observa seus netos correndo livremente pelos campos. Aprenderam com o pai a zelarem pelas velhas tradições e andarem de cabeça erguida. Um dia o velho ouviu o clamor do seu coração: com dificuldade caminhou solitário até a praia. Olhou compenetrado para o horizonte. Agora podia ouvir as vozes de seus pais sendo trazidas pelas ondas do mar.
A noite caiu cobrindo o velho angolano com o seu manto... Os tambores se calaram... No coração do silêncio suas palavras lentamente ecoaram: “Estou voltando... Estou voltando...”

Este conto é parte integrante do meu livro (O ANJO E A TEMPESTADE): Cia.dos Livros.

“POR QUE SERÁ QUE O MORCEGO SÓ VOA DE NOITE?"

Há muito e muito tempo houve uma tremenda guerra entre as aves e o restante dos animais que povoa as florestas, savanas e montanhas africanas.
Naquela época, o morcego, esse estranho bicho, de corpo semelhante ao do rato, mas provido de poderosas asas, levava uma vida mansa voando de dia entre as enormes e frondosas árvores à cata de insetos e frutas.
Uma tarde, (...) foi despertado pelos trinados aflitos de um passarinho:
- Atenção, todas as aves! Foi declarada a guerra aos quadrúpedes. Todos que têm asas e sabem voar devem se unir na luta contra os bichos que andam no chão.
O morcego ainda estava se refazendo do susto, quando uma hiena passou correndo e uivando aos quatro ventos:
- E agora? – perguntou a si mesmo o aparvalhado morcego. – Eu não sou uma coisa nem outra.
Indeciso, não sabendo a quem apoiar, resolveu aguardar o resultado da luta:
- Eu é que não sou bobo. Vou me apresentar ao lado que estiver vencendo – decidiu.
Dias depois, escondido entre as folhagens, viu um bando de animais fugindo em carreira desabalada, perseguidos por uma multidão de aves que distribuíam bicadas a torto e a direito. Os donos de asas estavam vencendo a batalha e, por isso, ele voou para se juntar às tropas aladas.
Uma águia gigantesca, ao ver aquele rato com asas, perguntou:
- O que você está fazendo aqui?
- Não está vendo que sou um dos seus? Veja! – disse o morcego abrindo as asas. – Vim o mais rápido que pude para me alistar – mentiu.
- Oh, queira me desculpar!– falou a desconfiada águia. – Seja bem-vindo à nossa vitoriosa esquadrilha.
Na manhã seguinte, os animais terrestres, reforçados por uma manada de elefantes, reiniciaram a luta e derrotaram as aves, espalhando penas para tudo quanto era lado.
O morcego, na mesma hora, fechou as asas e foi correndo se unir ao exército vencedor.
- Quem é você? – rosnou um leão.
- Um bicho de quatro patas como Vossa Majestade – respondeu o farsante, exibindo os dentinhos afiados.
- E essas asas? – interrogou um dos elefantes. – Deve ser um espião. Fora daqui! – berrou o paquiderme erguendo a poderosa tromba num gesto ameaçador.
O morcego, rejeitado pelos dois lados, não teve outra solução passou a viver isolado de todo mundo, escondido durante o dia em cavernas e lugares escuros.
É por isso que até hoje ele só voa de noite.”
Autor: Rogério Andrade Barbosa
Retirada do livro: Histórias Africanas para contar e recontar
Editora do Brasil

SABER CASAR - Um conto popular kimbundu

Este conto fala-nos de um senhor que quase provocou a morte do seu irmão mais novo por se ter apaixonado por uma mulher desconhecida. Ė preciso sabermos que quando casamos nem todo o tipo de mulher serve.
Era uma vez um senhor caçador e um irmão pequeno que viviam numa pequena povoação. Quando ia para a caça, o caçador deixava o irmão em casa. Certa altura, o caçador resolveu casar, porque estava cansado de viver solteiro. Mas ele não quis casar com nenhuma mulher da povoação em que vivia. Numa manhã de cacimbo, no Inverno, enquanto caçava, encontrou uma mulher muito bonita a tremer por causa do frio que assolava aquela floresta. Sem mais olhar para trás, apaixonou-se pela menina. E a menina, também sem mais hesitar, aceita o pedido de casamento, e caminharam para casa para viverem maritalmente.
Passados alguns meses, a mulher fazia «espetados» estranhos que ameaçavam o menino. Quando ambos ficavam sozinhos, devorava toda a carne sem deixar nada. O menino explicava o que se passava ao irmão, mas ele não «dava de nada». A situação tornava-se mesmo alarmante e a caça já não era suficiente para a menina carnívora.
Certa manhã, depois de o marido partir para a caça, ela transformou-se em leoa e tentou apanhar o menino. O menino, sem mais demora, deu um pulo para fora de casa e pôs-se a correr em direcção ao local de caça onde o irmão estava, enquanto chorava «de gritos».
Quando deu conta que estavam próximo do local de caça (porque o marido dizia sempre para onde ia caçar), voltou a transformar-se em pessoa e chamou o cunhado, enquanto dizia que brincava com ele.
Depois do regresso do irmão a casa, o menino contou tudo ao irmão, mas ele fez-se surdo. Temendo pelo perigo em que a sua vida se encontrava, o menino resolveu viver fora de casa, porque aquele episódio repetiu-se frequentemente. Mas o irmão caçador, depois de ouvir tantas lamentações do irmão pequeno e de alguns vizinhos, deu ouvidos ao irmão e disse:
- Vou-me esconder próximo da aldeia e se ela tornar a fazer o mesmo corres para a direcção para onde me dirijo.
O mesmo voltou a acontecer e o menino fez o que foi combinado. Correu em direcção ao local onde estava escondido o seu irmão. Escutando os gritos e choros do irmão que vinha a ser perseguido por uma leoa, o caçador preparou a espingarda em posição de fogo.
Quando o menino e a leoa chegaram próximo dele, sem mais hesitar, atingiu a leoa na cabeça com um tiro e a leoa acabou por morrer.

O caçador pegou no irmão e regressou a casa, enquanto chorava, porque tinha posto em perigo a vida de seu irmão. Aprendeu que quando procuramos casar ou arranjamos uma mulher ou um homem para casar, primeiro devemos procurar saber que tipo de ser humano é.
Esta é uma história que nos vem ensinar que quando pensamos casar, devemos ter cautelas, para não pormos em perigo as nossas vidas, as nossas relações de amizade com a família, amigos e pessoas chegadas.

Carlos Kakulu
Estudante da Universidade da Namíbia


ADBU, O CEGO E O CROCODILO

Um dia Abdu preparou uma armadilha na beira do rio para pegar um crocodilo. Que sorte! Pegou um logo em seguida! Mas em vez de levar a presa para o terreiro da sua concessão, resolveu fazer uma senhora marotagem. Catou uma pedra bem grande e arrebentou a cabeça do crocodilo. Depois escondeu o bicho num arbusto. Feito isso, voltou tranqüilamente para casa.
Abdu esperou um tempinho e foi convencer o chefe da aldeia a organizar uma caçada de crocodilos. E propôs:
- Quem chegar primeiro com um crocodilo morto ganha uma gorda recompensa.
O chefe pensou um pouco e respondeu:
- Abdu, gostei da idéia! Vamos organizar logo essa caçada!
Naquela mesma tarde, os homens saíram para caçar crocodilo. Abdu sabia que eles praticamente não tinham chance de pegar um antes dele. Voltou correndo para sua cabana, enquanto os caçadores se espalhavam pela beira do rio, com arcos e flechas envenenadas. Abdu sabia que eles voltariam provavelmente de mãos abanando. Estava feliz da vida com a situação: ele seria o único a trazer um crocodilo! Estava tão feliz que correu para a casa da sua doce amada para lhe contar o segredo. A bela Fatu compreenderia a alegria dele...
Encontrou Fatu na soleira de casa. A moça ouviu tudo. Abdu contou como tinha matado o crocodilo, onde tinha escondido, que dali a pouco iria buscá-lo e, como seria o primeiro, ele é que ganharia o prêmio. Enquanto Abdu, com o rosto iluminado de contentamento, revelava sua molecagem à bela amada, um cego passou em silêncio e ouviu a história toda.
"Desta vez eu pego esse espertalhão", disse consigo mesmo o ceguinho, que foi direto para o lugar em que Abdu tinha escondido o crocodilo. Chegando lá, deixou-se cair no barro. Sujou de propósito a roupa e aguardou perto do crocodilo, morto desde a manhã.
Nesse meio tempo, Abdu voltou para casa, vestiu seu lindo bubu azul, finamente bordado, e passou de novo pela casa de Fatu.
- Está na hora - disse à namorada. - A caçada já começou, vou capturar meu crocodilo!
E partiu rindo sozinho na direção do rio, com um enorme bastão na mão. As mulheres que cruzaram com ele se espantaram ao vê-lo tão bem vestido assim, quando todos os homens estavam quase nus na beira do rio, com suas flechas e zagaias.
Abdu explicava a elas:
- Sou tão bom caçador, que vou matar um crocodilo com a maior facilidade e nem vou me sujar! Não tenham dúvida, eu é que vou ganhar a competição!
Nenhum dos caçadores da aldeia tinha conseguido caçar crocodilo algum, quando Abdu chegou no lugar onde tinha escondido sua caça de manhã. Deu com o ceguinho, sentado junto do arbusto. Sem se perturbar, Abdu pegou sua caça e disse ao ceguinho:
- Acabo de matar um crocodilo.
O cego lhe pediu licença para avaliar o peso e o tamanho do bicho. Abdu concordou e colocou o bicho nos ombros do cego. Este deixou o crocodilo cair no barro, e então pôs de novo nos ombros o bichão todo enlameado. Abdu, que agora começava a ficar com pressa, pediu-lhe para devolver o fardo. Mas este, de repente, pôs-se a berrar, pedindo socorro! Abdu entendeu na hora que o ceguinho queria lhe pregar uma peça.
Os outros caçadores chegaram correndo. Abdu quis explicar a situação.
- Chega de conversa! Chega de mentira! - responderam os caçadores, que já tinham sido vítimas das malandragens de Abdu bem mais de uma vez.
Como Abdu continuava a protestar, os caçadores decidiram que cabia ao chefe resolver o assunto.
Foram para a casa do chefe, que todos respeitavam. Lá, primeiro um, depois o outro disseram ter matado o crocodilo.
O chefe, que os ouviu e observou atentamente, declarou:
- Abdu mentiu muitas vezes para a gente. Está sempre querendo nos tapear. Sempre quer ser mais esperto que os outros. É um vigarista, um impostor! Como Abdu, tão bem vestido com seu lindo bubu bordado, pode dizer que está voltando da caça? Olhem só para o ceguinho. Está tão enlameado quanto o crocodilo. Com certeza foi ele que matou o bicho.
Abdu não pôde dizer nada. E o que diria diante daquele raciocínio tão lógico do chefe?
Foi-se embora cabisbaixo. O ceguinho recebeu o prêmio prometido.
É verdade, todo espertalhão sempre acaba encontrando outro mais esperto que ele.
Observação:
Os demais contos foram retirados dos livros citados abaixo:

PRADO, Zuleika de Almeida- Mitos, mitos, Lendas, lendas, Ed. Callus- São Paulo-2003.
-A primeira morte.
-A primeira chuva.

HALEY, Gail E.- O baú das histórias, Ed. Global
 - O Baú das histórias.